No passado dia 26 de Janeiro, em Bruxelas, o padre Casimiro Congo disse algo que define sublimemente os cabindas e que os angolanos nunca deverão esquecer: “Diante de Deus, de joelhos; diante dos homens, de pé”.
Jorge Casimiro Congo lamentou também a posição do Governo português, de condenar apenas o que classificou como um ataque terrorista durante a Taça das nações Africanas (CAN), afirmando que “Portugal é o ultimo a falar, não deve ser o primeiro a falar”.E Porquê? Por que “Portugal é que é o culpado do que acontece em Cabinda. Não nos aceitou, traiu-nos”.
Curiosamente, os jornalistas de uma forma geral, os portugueses em particular, têm dificuldade em falar sobre o que se passa em Cabinda. Tal como têm dificuldade em falar da ocupação colonial levada a cabo por Angola. Falam com mais facilidade do Tibete. Compreende-se. A culpa não é dos jornalistas. A culpa é dos donos dos jornalistas e dos donos dos donos, sejam eles portugueses ou angolanos.
Se as verdades ajudassem a reduzir o défice português, as que foram ditas pelo padre Congo, não só por serem históricas mas sobretudo por serem actuais, o ministro das Finanças, Teixeira dos Santos, estaria bem da vida.
Mas não ajudam. Desde logo porque, da Presidência de República portuguesa ao Governo, passando pelo Parlamento e pelos partidos, ninguém sabe o que é, da facto e de jure, Cabinda. Para quase todos, a história de Portugal só começou a ser escrita em Abril de 1974, ou até mais tarde, pelo que – como diz Cavaco Silva – "Angola vai de Cabinda ao Cunene".
Optimista quanto ao futuro, sobretudo por saber que o seu povo nunca será derrotado porque nunca deixará de lutar, o padre Congo disse ainda ter esperança de que no futuro haja “governos portugueses com mais calma para ver este problema”, porque acredita “que há partidos que começam a levantar a cabeça” e surgirão figuras que fiquem “acima de quaisquer negociatas, de petróleo, ou de mão-de-obra que tem de ir para Angola”.
É claro que não houve nenhuma reacção oficial de Portugal às acusações do padre Congo. Uns porque entendem (e talvez bem) que quem manda no país é cada vez mais o clã Eduardo dos Santos; outros porque entendem que se o MPLA virar a rota e passar a investir noutro lado lá vão ao charco alguns grande negócios; outros ainda porque se estão nas tintas para a honorabilidade de um Estado de Direito. Estado de Direito que Angola não é e que Portugal é cada vez menos.
Curiosamente, os jornalistas de uma forma geral, os portugueses em particular, têm dificuldade em falar sobre o que se passa em Cabinda. Tal como têm dificuldade em falar da ocupação colonial levada a cabo por Angola. Falam com mais facilidade do Tibete. Compreende-se. A culpa não é dos jornalistas. A culpa é dos donos dos jornalistas e dos donos dos donos, sejam eles portugueses ou angolanos.
Se as verdades ajudassem a reduzir o défice português, as que foram ditas pelo padre Congo, não só por serem históricas mas sobretudo por serem actuais, o ministro das Finanças, Teixeira dos Santos, estaria bem da vida.
Mas não ajudam. Desde logo porque, da Presidência de República portuguesa ao Governo, passando pelo Parlamento e pelos partidos, ninguém sabe o que é, da facto e de jure, Cabinda. Para quase todos, a história de Portugal só começou a ser escrita em Abril de 1974, ou até mais tarde, pelo que – como diz Cavaco Silva – "Angola vai de Cabinda ao Cunene".
Optimista quanto ao futuro, sobretudo por saber que o seu povo nunca será derrotado porque nunca deixará de lutar, o padre Congo disse ainda ter esperança de que no futuro haja “governos portugueses com mais calma para ver este problema”, porque acredita “que há partidos que começam a levantar a cabeça” e surgirão figuras que fiquem “acima de quaisquer negociatas, de petróleo, ou de mão-de-obra que tem de ir para Angola”.
É claro que não houve nenhuma reacção oficial de Portugal às acusações do padre Congo. Uns porque entendem (e talvez bem) que quem manda no país é cada vez mais o clã Eduardo dos Santos; outros porque entendem que se o MPLA virar a rota e passar a investir noutro lado lá vão ao charco alguns grande negócios; outros ainda porque se estão nas tintas para a honorabilidade de um Estado de Direito. Estado de Direito que Angola não é e que Portugal é cada vez menos.
3 comentários:
SIM CONCORDO COM A OPINIAO DO GRANDICIMO E VALIOSO PADRE CASIMIRO CONGO NOS OS CABINDAS QUEREMOS SOMENTE A NOSSA TERRA POR SERMOS BASTANTE RICOS SOMOS OBRIGADOS A SER ANGOLANO .
O PARTIDO NO PODER NA SUA PESSOA CAMARADA JES DEVERIAM TER VERGONHA SOBRE A SITUAÇÃO DE CABINDA.
ATÉ UM BEBE DE MESES CONSEGUE VER O QUAO CABINDA É MALTRADO.
ISSO JA NAO É POLITICA, É UMA INJUSTIÇA.
LEMBRA SE QUE TODA INJUSTIÇA TERÁ SEMPRE O INVERSO.
Infelizmente e ironicamente é este o destino para os cabindas. A riqueza que Deus pos no nosso subsolo para nos dar dignidade e vida, tornou-se causa para nossa desgraça e morte. O petroleo e outros minerais estao acima das nossas vidas, das nossas aspiraçoes, efim da nossa liberdade. Mas tudo tem o seu tempo. Queira Deus que os actuais inimigos do podo ibinda nao estejam até la em vida.
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