Diz o Diário Económico que Alexandre Soares dos Santos, ‘chairman’ da Jerónimo Martins, considera que a crise “não foi assim tão grande”.
"Mantemos a política de não despedir se houver crise", afirmou o gestor na conferência de apresentação de resultados anuais da Jerónimo Martins, que subiram 22,8% e bateram as estimativas que circulavam no mercado.
"Mantemos a política de não despedir se houver crise", afirmou o gestor na conferência de apresentação de resultados anuais da Jerónimo Martins, que subiram 22,8% e bateram as estimativas que circulavam no mercado.
Durante a conferência, Soares dos Santos destacou a situação de liderança do grupo retalhista tanto em Portugal como lá fora. "Não existe nenhuma outra empresa portuguesa que seja líder absoluta no seu país e fora de Portugal", declarou.
A Jerónimo Martins revelou hoje que fechou o ano passado com lucros de 200,3 milhões de euros, mais 22,8% do que em 2008. Os números saíram acima das estimativas dos analistas.
A este propósito recordo que em declarações ao Jornal de Notícias, em Fevereiro do ano passado, o então presidente da Confederação da Indústria Portuguesa, Francisco van Zeller, referiu que estava por provar que haja empresas a aproveitarem-se da actual conjuntura para encerrar.
À pergunta “Há empresas com lucros elevados no ano passado e que este ano já anunciaram despedimentos por perspectivarem uma quebra dos resultados. Como comenta?”, Francisco van Zeller disse:
“É uma forma de gestão que sempre se usou e que se baseia no princípio de que os ajustes se devem fazer enquanto há dinheiro. Isso é a situação normal que sempre houve, porque em condições normais essas pessoas despedidas conseguiriam encontrar outro emprego. Na situação actual, parece-me um bocadinho mais vergonhoso. Mas as empresas têm uma grande capacidade de previsão e sabem se os contratos para daqui a seis meses já estão a falhar, podendo optar por começar já a dispensar pessoal para acertar as despesas. Tem de ser visto caso a caso e não se pode atirar pedras a empresas que estão muitas vezes a fazer o melhor que sabem e a tentar proteger os trabalhadores.”
Ou seja, segundo o então presidente da CIP, despedir quando há lucros é vergonhoso. Não se referia, creio, ao caso concreto do JN. De qualquer modo, é sempre possível escapar ao rótulo de vergonhoso, bastando para isso contratar especialistas.
Quando um grupo mistura no mesmo saco empresas que dão lucro com outras que não dão, certamente consegue um resultado favorável à tese do prejuízo, actual ou futuro. É fácil, barato e até dá milhões.
Engraçado foi ver o então presidente da CIP, no seu legítimo papel, dizer – e bem – que “não se pode atirar pedras a empresas que estão muitas vezes a fazer o melhor que sabem e a tentar proteger os trabalhadores”.
E é engraçado porque Francisco van Zeller sabia, melhor do que qualquer outro, que essas não são a regra, nem esse é o princípio basilar de muitas empresas que são geridas por quem só tem capacidade técnica, escolar, intelectual, para ser arrumador de carros.
Dito de outra forma, Francisco van Zeller sabia que basta ter dinheiro (com a origem do qual ninguém se preocupa) para ser empresário ou, pelo menos, para ser dono de uma empresa.
Francisco van Zeller também sabia que muitas empresas vão à falência embora, é claro, os seus donos continuem ainda mais ricos. Tal como sabia, embora não diga, que se tivesse de escolher, muitos dos seus “colegas” empresários não os queria nem mesmo para arrumar carros.
À pergunta “Há empresas com lucros elevados no ano passado e que este ano já anunciaram despedimentos por perspectivarem uma quebra dos resultados. Como comenta?”, Francisco van Zeller disse:
“É uma forma de gestão que sempre se usou e que se baseia no princípio de que os ajustes se devem fazer enquanto há dinheiro. Isso é a situação normal que sempre houve, porque em condições normais essas pessoas despedidas conseguiriam encontrar outro emprego. Na situação actual, parece-me um bocadinho mais vergonhoso. Mas as empresas têm uma grande capacidade de previsão e sabem se os contratos para daqui a seis meses já estão a falhar, podendo optar por começar já a dispensar pessoal para acertar as despesas. Tem de ser visto caso a caso e não se pode atirar pedras a empresas que estão muitas vezes a fazer o melhor que sabem e a tentar proteger os trabalhadores.”
Ou seja, segundo o então presidente da CIP, despedir quando há lucros é vergonhoso. Não se referia, creio, ao caso concreto do JN. De qualquer modo, é sempre possível escapar ao rótulo de vergonhoso, bastando para isso contratar especialistas.
Quando um grupo mistura no mesmo saco empresas que dão lucro com outras que não dão, certamente consegue um resultado favorável à tese do prejuízo, actual ou futuro. É fácil, barato e até dá milhões.
Engraçado foi ver o então presidente da CIP, no seu legítimo papel, dizer – e bem – que “não se pode atirar pedras a empresas que estão muitas vezes a fazer o melhor que sabem e a tentar proteger os trabalhadores”.
E é engraçado porque Francisco van Zeller sabia, melhor do que qualquer outro, que essas não são a regra, nem esse é o princípio basilar de muitas empresas que são geridas por quem só tem capacidade técnica, escolar, intelectual, para ser arrumador de carros.
Dito de outra forma, Francisco van Zeller sabia que basta ter dinheiro (com a origem do qual ninguém se preocupa) para ser empresário ou, pelo menos, para ser dono de uma empresa.
Francisco van Zeller também sabia que muitas empresas vão à falência embora, é claro, os seus donos continuem ainda mais ricos. Tal como sabia, embora não diga, que se tivesse de escolher, muitos dos seus “colegas” empresários não os queria nem mesmo para arrumar carros.
1 comentário:
Não é que acredite muito nestes testemunhos, pois se circulam na net, algum proveito haverá, nem qu seja para fomentar ainda mais guerras... mas não há fumo sem fogo e Van Zeller pertence a este grupo. É só ver o filme para confirmar e sublinhando que nunca houve fumo sem fogo!assassinos económicos que vai bem explicado neste link.
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