O texto que
se segue foi aqui publicado em 15 de Março de 2007. Nos últimos dias foi dos
mais lidos. Coincidências.
“Sérgio
Figueiredo, para além de ser um jornalista sério, também parecia sê-lo. Será
que hoje, ao acumular o jornalismo com a administração da Fundação EDP, mantém
intactas essas qualidades?
Não creio.
Mas, reconheço, ser sério não é coisa que preocupe (muito) os jornalistas e,
muito menos, o parecerem ser sérios.
Por alguma
razão são cada vez mais os jornalistas que sabem que é sempre possível ter um
cartão do partido no meio de tantos outros, mesmo que a validade seja curta. É
que, se não for nos jornais, haverá sempre um lugar como assessor ou
administrador.
Recompensa
pelos serviços prestados? Não sei. Mas pelos serviços não prestados não será
com certeza.
Como diz
Inês Pedrosa, "temos cada vez mais jornalistas que saltam das redacções
para se tornarem criados de luxo do poder vigente". E, é claro, depois
dessa rodagem há sempre a possibilidade de ver criados saltarem do poder
vigente, seja ele socialistas ou social-democrata, para serem sobas nos
jornais.
Diga-se,
contudo, que no caso de Sérgio Figueiredo ele próprio explica, tem explicado
nos últimos tempos, a razão porque foi escolhido para administrador da Fundação
EDP.
Hoje, na
Visão, o jornalista escreve que “estes dois anos revelaram o Governo
(português) mais reformista dos últimos dez anos.”, acrescentando – para que
não restem dúvidas – que “há muito que o país não era confrontado, em tão pouco
tempo, com tantas reformas, decisões e intenções”.
Boa Sérgio.
Tens futuro na Administração da Fundação EDP, como em qualquer outra.”
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