A taxa de desemprego em Portugal, mau grado os vendodres de banha da cobra o tipo Vítor Constâncio e similares socialistas, poderá acelerar para os 11 por cento no próximo ano, com o Fundo Monetário Internacional (FMI) a estimar que, este ano, haja 9,5 % de desempregados.
Ou seja, Portugal continua igual a si próprio, afundando-se mas, é claro, cantando e rindo ao som das eventuais escutas em Belém e dos contratos para compra de submarinos.
Este texto é, por razões óbvias, uma singela homenagem aos sacrificados administradores e gestores que, apesar de levarem empresas à falência e trabalhadores para o desemprego, nem sequer têm direito a subsídio de desemprego acumulável com o ordenado noutras administrações.
Muitas pessoas bem intencionadas mas sobretudo ingénuas, perguntam como é, foi, ou será, possível acontecer o desastre que, por exemplo, abalroa muitas empresas portuguesas.
Se ainda estivesse a escrever profissionalmente sobre economia (coisa que fiz durante muitos anos, desde a Revista da Indústria Têxtil, passando pelo Primeiro de Janeiro e terminando no Jornal de Notícias) diria que a actual crise vivida nos principais mercados internacionais obriga a reflectir sobre os perigos da globalização económica.
Diria igualmente que, mesmo assim, não estão em causa os fundamentos macroeconómicos quer de Portugal, quer da Europa ou dos EUA, embora seja aconselhável moderação estratégica.
Tudo porque foi e é perigoso crer que as bolsas e o mercado em geral estariam sempre condenados a subir.
Expliquei alguma coisa sobre a minha interpretação quanto à crise que atinge muitas dessas empresas? Claro que não. Há, de facto, uma forma mais incisiva de me explicar.
É o velho, mas sempre actual, exemplo da regata, seja ela no Douro ou no Tejo ou em qualquer outro rio, mar ou lago das ocidentais praias lusitanas a norte, embora cada vez mais a sul, de Marrocos.
Os vencedores desta regata em que participam empresas portuguesas apostam numa equipa formada por um chefe e dez remadores. É uma boa aposta. Vencem distanciados.
Os outros, os que cortam a meta em segundo lugar (ou, como gosto de dizer, no primeiro dos últimos) alinham com uma equipa diversificada e escolhida a dedo:
Vários directores (escolhidos pela Administração), vários chefes (amigos dos directores), alguns sub-directores (íntimos dos directores) e, é claro, com uns tantos seguranças (que também prestam serviços aos directores) que controlam a actividade do único remador, o único aliás que tem coluna vertebral.
Perante o desastre, é nomeada uma comissão de especialistas escolhidos pelo Governo, pelo presidente da República, pelos partidos e pela Assembleia da República que conclui:
1 - Os administradores responsáveis pelas empresas analisadas devem ser nomeados, como prémio de gestão, para outras empresas onde possam continuar a desempenhar cabalmente a profissão da qual já deram provas. Se possível em empresas do Estado.
2 - É preciso despedir o remador, com justa causa e sem direito a subsídio de desemprego.
A Bem da Nação
José Sócrates Pinto de Sousa
1 comentário:
É Orlando... real e deprimente, mas com o Tratado de Lisboa ratificado, é para o que caminhamos a nível mundial. Voltou o feudalismo, os senhores e os escravos, só que com uma diferença, estes senhores, hoje em dia possuem ,demasiados meios para nos esmagarem... desde "vacinas", aspartames, até metralhadoras e tanques de guerra.
Pobres dos nossos filhos, que entretanto tudo lhes foi dado, para se distrairem e quando derem por isso, não existe passo atrás.
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