Tive o prazer, honra e privilégio de ter sido o primeiro jornalista a, em 2000, receber (foto) o Prémio Mobis para Jornalismo. A edição deste ano, a nona, terá lugar dia 16 no edifício da Alfândega do Porto (Portugal).
A presente edição do Prémio Mobis realiza-se numa conjuntura económica e financeira complicada para todos. Penso, contudo, que aos portugueses nunca faltou engenho e arte, às vezes é mais a típica forma de desenrascar, para ultrapassar as crises.
O mobiliário português é, aliás, um bom exemplo, se bem que muitas vezes apareçam protagonistas que em vez de servirem o sector estão mais interessados em servir-se. Não é só neste sector, eu sei. Creio, por isso, que nesta altura complicada será bom que as entidades responsáveis tenham um redobrado cuidado em separar o trigo do joio.
Continuo a acreditar que a exportação é a porta de saída, a única que ainda está aberta, para muitas fábricas. De qualquer modo, para chegar a esse ponto ainda é preciso, continua a ser preciso, trabalhar não só muito mas bem, cabendo – permitam que o repita – aos organismos oficiais separar as águas.
Apesar da crescente qualidade (de fabrico, mas também de valor acrescentado ao nível do Design e do acabamento), o consumidor português continua a preferir comprar produto importado, sobretudo porque o factor preço ainda é decisivo. Aliás, importa fazer aqui e novamente o alerta no sentido de que os que apostam no mobiliário português não pode, ou melhor, não devem fazer jogo duplo.
Isto é, não podem ao mesmo tempo ser produtores e importadores. Sei que do ponto de vista da sobrevivência económica das empresas o fabrico e a importação são uma tentação lucrativa, importa no entanto definir de que lado se está.
O jornal “Mobiliário em Notícia” – através do Prémio Mobis, mas não só – tem trabalhado no sentido de valorizar o produto português, chamando a atenção para uma mão-cheia de empresas que se distinguem pela excelência e pela qualidade dos seus produtos e serviços. Assim continua, sem ambiguidades, a privilegiar o que é nacional, se bem que nem sempre seja compreendido.
Com um sector a caminhar para uma luta sem regras, procura evitar que com uma política de dente por dente, olho por olho, acabem todos desdentado e cegos.
E se, o que é verdade, é difícil lutar de igual para igual com os gigantes que trabalham ao preço da chuva, importa apostar nos guarda chuvas, mesmo quando e sobretudo o tempo é de sol. Por outras palavras, potenciar a qualidade e a conjugação de esforços de modo a ter uma válida economia de escala.
O “Mobiliário em Notícia” está a fazer a sua parte. Será que todos os outros agentes estão a fazer a deles? Não espero uma resposta imediata, mas desejo que todos pensemos na pergunta e nas respostas para que, um dia destes, não estejamos a dizer que na altura em que estávamos quase a saber viver sem comer… morremos.
O mobiliário português é, aliás, um bom exemplo, se bem que muitas vezes apareçam protagonistas que em vez de servirem o sector estão mais interessados em servir-se. Não é só neste sector, eu sei. Creio, por isso, que nesta altura complicada será bom que as entidades responsáveis tenham um redobrado cuidado em separar o trigo do joio.
Continuo a acreditar que a exportação é a porta de saída, a única que ainda está aberta, para muitas fábricas. De qualquer modo, para chegar a esse ponto ainda é preciso, continua a ser preciso, trabalhar não só muito mas bem, cabendo – permitam que o repita – aos organismos oficiais separar as águas.
Apesar da crescente qualidade (de fabrico, mas também de valor acrescentado ao nível do Design e do acabamento), o consumidor português continua a preferir comprar produto importado, sobretudo porque o factor preço ainda é decisivo. Aliás, importa fazer aqui e novamente o alerta no sentido de que os que apostam no mobiliário português não pode, ou melhor, não devem fazer jogo duplo.
Isto é, não podem ao mesmo tempo ser produtores e importadores. Sei que do ponto de vista da sobrevivência económica das empresas o fabrico e a importação são uma tentação lucrativa, importa no entanto definir de que lado se está.
O jornal “Mobiliário em Notícia” – através do Prémio Mobis, mas não só – tem trabalhado no sentido de valorizar o produto português, chamando a atenção para uma mão-cheia de empresas que se distinguem pela excelência e pela qualidade dos seus produtos e serviços. Assim continua, sem ambiguidades, a privilegiar o que é nacional, se bem que nem sempre seja compreendido.
Com um sector a caminhar para uma luta sem regras, procura evitar que com uma política de dente por dente, olho por olho, acabem todos desdentado e cegos.
E se, o que é verdade, é difícil lutar de igual para igual com os gigantes que trabalham ao preço da chuva, importa apostar nos guarda chuvas, mesmo quando e sobretudo o tempo é de sol. Por outras palavras, potenciar a qualidade e a conjugação de esforços de modo a ter uma válida economia de escala.
O “Mobiliário em Notícia” está a fazer a sua parte. Será que todos os outros agentes estão a fazer a deles? Não espero uma resposta imediata, mas desejo que todos pensemos na pergunta e nas respostas para que, um dia destes, não estejamos a dizer que na altura em que estávamos quase a saber viver sem comer… morremos.
1 comentário:
Muito boa esta sua perspectiva, muito boa esta sua chamada de atenção. Fiquei conente por saber que ganhou esse prémio, que foi sem dúvida, mais que merecido. A Mobis faz o seu papel, ainda bem, agora falta aos portugueses convencerem-se, que quando compram estrangeiro, porque está na moda, ou porque é mais barato e só nalguns casos, porque o preço/ qualidade do nosso mobiliário é muito bom, estão a prejudicar toda e economia de um sector. Com os têxteis foi assim, quem saiu lesado, fomos todos nós... em relação ao mobiliário, ainda vai a tempo de evitar a catástrofe. Se bem que, quando vou a Paços de Ferreira, o meu coração fique apertado. Aos poucos está a transformar-se numa cidade fantasma, com o desemprego a subir em flecha. Mais uma vez o Norte está a ser profundamente atingido.
É reparar por exemplo, no material do IKEA, feito de aglomerados horríveis, para uma durabilidade de 2 ou 3 anos no máximo! Isso está contra um pensamento ecológico e vai de encontro aos interesses consumistas do lobbies. Também sempre ouvi dizer, que o barato sai caro... aqui está um exemplo: Pessoas que nos pedem para arranjar um móvel desses, pode voltar com ele como está... não têm por onde se lhe pegue, são como os lenços scottex, usa e deita fora. Desfazem-se todos!
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