quinta-feira, outubro 22, 2009

A caminho do seu mais íntimo desígnio
- Ser o único dono deste reino lusitano!

Depois de ter assumido várias pastas em governos do PS, Augusto Santos Silva, um dos donos da verdade em Portugal por delegação, por enquanto, de José Sócrates, vai ocupar pela primeira vez o cargo de ministro da Defesa.

Assim sendo, se calhar vai pedir ajuda aos militares para malhar em todos os que com ele não concordam, bem como para ensinar aos professores a diferença entre Salazar e os democratas.

Não. Para meter na ordem os jornalistas, uma das suas grandes especialidades, não precisa de ninguém. Já colocou nos sítios certos os seus mabecos, os sipaios e os chefes de posto.

Visto, certamente por gente míope, como um homem competente e com grande capacidade de trabalho, Augusto Santos Silva foi considerado um dos ministros mais 'políticos' do primeiro Governo de José Sócrates. Se competência significa prepotência e arrogância, então retiro o que escrevi...

É claro que competência significa no dicionário socialista a capacidade para malhar em todos os que pensam de maneira diferente, signfica ter associado, em Janeiro de 2006, a eleição de Cavaco Silva, "o candidato apoiado pela direita", a uma tentativa de "golpe de Estado constitucional".

No último congresso socialista, Santos Silva foi eleito director do Acção Socialista, o órgão oficial do PS, sendo responsável na direcção partidária por toda a imprensa do partido. Isto para além, é claro, de toda a outra restante imprensa.

Especialista em tudo, um pouco como a banha da cobra, Augusto Santos Silva foi ministro da Educação entre 2000 e 2001, depois de ter sido secretário de Estado da Administração Educativa entre 1999 e 2000, e assumiu a pasta da Cultura entre 2001 e 2002.

Como se vê, agora veio a Defesa e depois virá o seu mais íntimo desígnio pessoal: ser o único dono do país (leia-se primeiro-ministro).

2 comentários:

José Martins disse...

Orlando,
Vou-lhe roubando umas peças interessantíssimas e enfiá-las no meu mais venenoso.
Abraço
José Martins

Anónimo disse...

Muito gosto eu de o ler, Orlando!