«Há uns meses, a Prisa anunciou ao Mundo a intenção de despedir uns milhares de trabalhadores. Os espanhóis andaram a comprar tudo o que mexia, amontoaram uma dívida bancária maluca e, agora, não aguentam com o juro…
Entre os milhares que vão ser despedidos, alguns são portugueses e, entre esses, um é um doente com cancro. Alguém que quando se preparava para lutar pela vida se vê na contingência de ter de lutar, também , pela subsistência…
Nem conheço o Pedro Murias. Pela foto, é um rapaz da minha idade. Deve ser um jornalista experiente, alguém capaz de enquadrar os mais jovens, de lhes transmitir conhecimentos vivenciados, de funcionar como filtro de qualidade numa redacção.
Se a Media Capital acha que não precisa desse tipo de jornalistas, pior para a empresa. Mas não pode fazer tábua rasa de tudo o mais… e só a ideia de um doente poder ser despedido é algo de insuportável.
Não sei se Juan Luís Cebrian, o CEO da Prisa, sabe do que se está a passar. A ordem de despedir foi dele, por certo. Mas a escolha foi feita aqui, pelos gestores locais.
Pode ser que para o senhor Cebrian também seja insuportável a intenção de despedir um doente cancerígeno. Na dúvida, enviei-lhe um email. Façam o mesmo. Para aqui: ceo@prisa.es
Vozes de burro não chegam ao céu, eu sei, mas pode ser que este CEO não seja assim tão castigador.»
1 comentário:
Faz muito bem, Orlando. Precisa-se solidariedade, neste mundo tão injusto. Vamos a ver se dá resultado. O Carlos Narciso e o Orlando, estão sempre prontos a ajudar quem precisa...
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