Miguel Relvas
desculpa-se com os males do “jornalismo interpretativo”. António Borges
escuda-se nos mal entendidos. Já agora,
como é possível manter um governo em que um primeiro-ministro mente?
Muito gostam
os escravos de atazanar a honorabilidade dos senhores da casta superior que neles
manda. É claro que António Borges nunca defendeu a urgência de salários baixos.
No íntimo o que ele até desejava é que fossem os trabalhadores a pagar para
terem trabalho.
Quanto a ele
está como quer. Aliás, ainda recentemente o Governo português disse “não existirem quaisquer
incompatibilidades ou conflitos de interesses” entre o cargo proposto a António
Borges pelo maior accionista da Jerónimo Martins e “as funções de consultoria”
na equipa que supervisiona junto da Parpública (a holding que gere as
participações empresariais do Estado) as privatizações, as renegociações das
parcerias público-privadas (PPP) e a reestruturação do Sector Empresarial do
Estado.
Reconheço,
contudo, que a equipa de Passos Coelho é coerente na estratégia que o leva a
(re)implantar no reino um regime esclavagista.
Cá para mim,
sem esquecer António Borges e os comparsas, é relevante salientar que é de
gentalha deste tipo que Pedro Passos Coelho gosta.
Se o próprio
primeiro-ministro é um paradigma da mentira, certamente também vítima do “jornalismo
interpretativo” ou de mal entendidos, não se poderia esperar outra coisa dos
seus mais dilectos seguidores.
Ainda se
recordam do que escreveu, entre Março de 2010 e Junho de 2011, Pedro Passos
Coelho para enganar os portugueses e dessa forma ganhar as eleições?
Recordemos
essas declarações numa singela, mas sentida, homenagem a, entre outros, Cavaco
Silva, Joaquim Pina Moura, Jorge Coelho, Armando Vara, Manuel Dias Loureiro,
Fernando Gomes, António Vitorino, Luís Parreirão, José Penedos, Luís Mira
Amaral, António Castro Guerra, Joaquim Ferreira do Amaral, Filipe Baptista,
Ascenso Simões, António Mexia, Faria de Oliveira, António Borges e Eduardo
Catroga.
“Estas
medidas põem o país a pão e água. Não se põe um país a pão e água por precaução.
Estamos disponíveis para soluções positivas, não para penhorar futuro tapando
com impostos o que não se corta na despesa.
“Aceitarei
reduções nas deduções no dia em que o Governo anunciar que vai reduzir a carga
fiscal às famílias. Sabemos hoje que o Governo fez de conta. Disse que ia
cortar e não cortou. Nas despesas correntes do Estado, há 10% a 15% de despesas
que podem ser reduzidas.
“O pior que
pode acontecer a Portugal neste momento é que todas as situações financeiras
não venham para cima da mesa. Aqueles que são responsáveis pelo resvalar da
despesa têm de ser civil e criminalmente responsáveis pelos seus actos.
“Vamos ter de cortar em gorduras e de poupar.
O Estado vai ter de fazer austeridade, basta de aplicá-la só aos cidadãos. Ninguém
nos verá impor sacrifícios aos que mais precisam. Os que têm mais terão que
ajudar os que têm menos.
“Queremos
transferir parte dos sacrifícios que se exigem às famílias e às empresas para o
Estado. Já estamos fartos de um Governo que nunca sabe o que diz e nunca sabe o
que assina em nome de Portugal. O Governo está-se a refugiar em desculpas para
não dizer como é que tenciona concretizar a baixa da TSU com que se comprometeu
no memorando.
“Para
salvaguardar a coesão social prefiro onerar escalões mais elevados de IRS de
modo a desonerar a classe média e baixa. Se vier a ser necessário algum
ajustamento fiscal, será canalizado para o consumo e não para o rendimento das
pessoas.
“Se formos
Governo, posso garantir que não será necessário despedir pessoas nem cortar
mais salários para sanear o sistema português. A ideia que se foi gerando de
que o PSD vai aumentar o IVA não tem fundamento. A pior coisa é ter um Governo
fraco. Um Governo mais forte imporá menos sacrifícios aos contribuintes e aos
cidadãos.
“Não
aceitaremos chantagens de estabilidade, não aceitamos o clima emocional de que
quem não está caladinho não é patriota. O PSD chumbou o PEC 4 porque tem de se
dizer basta: a austeridade não pode incidir sempre no aumento de impostos e no
corte de rendimento.
“Já ouvi o
primeiro-ministro dizer que o PSD quer acabar com o 13.º mês, mas nós nunca
falámos disso e é um disparate. Como é possível manter um governo em que um
primeiro-ministro mente?”
2 comentários:
Os Escravos são muito chegados à Família...
Abr
Ele PPC um assumido africanista, não fora a Independência andaria agora a percorrer as suas fazendas, batendo com o pingalin nas botas de cano alto e chicote massajando as costas dos negros. Mas o mundo dá muitas voltas e como não pode massajar as costas dos negros, vai engraxando os sapatos do ditador negro.
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