O membro (entre outras coisas) do Comité Central do MPLA, Kundi Paihama realçou, em Luanda, o contributo da juventude angolana na vida política nacional por ter permitido que hoje o país se possa orgulhar dos seus filhos, pelas grandes vitórias alcançadas ao longo da sua história.
Não fora a modéstia de Kundi Paihama, um angolano de primeira, e ele bem poderia dizer que esteve, e esteve mesmo, nas principais vitórias que fizerem com que o MPLA esteja no poder deste 1975.
Em declarações à Angop, à margem do VI Congresso do JMPLA que decorre até sábado, sob o lema “JMPLA – a certeza de um futuro melhor”, Kundi Paihama frisou que é de louvar a vontade dos jovens virada para o progresso e desenvolvimento do país. Claro. Ou não fossem eles, enquanto andarem de MPLA à vista, também cidadãos de primeira.
Kundi Paihama destacou o desempenho dos jovens pela causa da nação, abrindo caminho para uma renovação maciça nos vários domínios da vida humana, principalmente no desenvolvimento intelectual, académico e científico, que são mais valias para o progresso de uma pátria.
“Estamos cientes do bom e grande trabalho da direcção do secretariado nacional da JMPLA, que futuramente vai cessar funções, e acreditamos que os futuros dirigentes farão o seu melhor, não só porque as condições serão outras, mas pelo compromisso assumido com o povo”, sublinhou Kundi Paihama, ele próprio exemplo de uma renovação que... não existe.
Kundi Paihama asseverou igualmente que graças ao contributo dos jovens do partido, e não só, Angola conseguiu alcançar vários patamares nos círculos internacionais, nomeadamente político, económico, desportivo e cultural. É verdade. Setenta por cento dos cidadãos passam fome, mas esses não são propriamente angolanos
Aliás, foi o próprio Kundi Paihama que disse que em Angola existem dois tipos de pessoas, os angolanos e os kwachas, tal como aconselhou estes a comer farelo porque “os porcos também comem e não morrem”.
E tal como Kundi Paihama, também Eduardo dos Santos, um presidente democraticamente mugabiano, continua a dizer que é preciso “honrar e declarar o nosso amor por Angola”.
É verdade. Mas isso não basta. As crianças que mendigam e morrem à fome nas ruas de Luanda também amam Angola. Amam-na e declararam esse amor. No entanto, Eduardo dos Santos, Kundi Paihama (e até os seus cães) que têm pelo menos três refeições por dia, continuam a nada fazer para lhes dar um prato de fuba.
Rui Mingas (um dos homens do presidente) dizia que, “nos antigamente”, os angolanos apenas tinham “peixe podre, fuba podre, 30 angolares e porrada se refilares”. E hoje, 34 anos depois da independência e sete após a morte de Savimbi?
Hoje continuam a levar porrada, mesmo sem refilar, e nem peixe ou fuba podre têm.
2 comentários:
E o pior disto tudo, é que já pouco falta, para os portugueses descerem ao mesmo patamar "democrático", que existe em Angola!... O patamar mugabiano ou eduardiano!
E quanto aos trinta angolares...
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