Um suposto amigo ligado a estas coisas da comunicação, das assessorias e, talvez, do jornalismo e que é docente universitário, disse-me há uns largos meses que estava a escrever um livro sobre estas matérias.
Fiquei satisfeito. Foi então que me fez a seguinte pergunta: “Quem achas que eu deva convidar para fazer a apresentação do livro?”
Entre um variado leque de nomes ligados a estas lides, tomei a liberdade de lhe sugerir um que, no contexto do livro, me pareceu valorizar a obra.
A resposta incisiva não tardou: “Esse gajo é um analfabeto, um vendido, um paspalho”.
Se calhar, pensei então, há algum fundamento nesta opinião que, contudo, me pareceu exagerada e eventualmente reflectindo contas antigas.
Nunca mais me lembrei do assunto até que, um dias destes, encontrei notícias sobre a publicação do tal livro. Pesaroso, reconheço, por não ter sido sequer convidado para o lançamento, procurei saber mais sobre a obra.
Foi então que fiquei a saber que quem fez a apresentação do livro foi o tal “gajo analfabeto, vendido e paspalho”.
Espantado (ainda sou dos que se espantam) com tudo isto, perguntei ao autor do livro a razão pela qual convidara o tipo que condiderava “analfabeto, vendido e paspalho”.
A explicação não poderia ser mais eloquente: “É que ele foi entretanto nomeado director...”.
3 comentários:
Vivendo e aprendendo, Orlando! Um antigo chefe meu costumava dizer que todos temos um preço, e que os honestos são apenas os mais caros!
Órlando amigo, grande lata!
Esse precisava de dois tabefes logo na hora!
“analfabeto, vendido e paspalho” ora aqui uma definição de "director" que ainda desconhecia.
Como escreveu a primeira comentadora, "vivendo e aprendendo". É, sempre
kandandu
EA
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