O socialista José Junqueiro, um dos mais acérrimos vassalos de José Sócrates, resolveu hoje, no congresso socialista, repetir o que lhe é aconselhado. Isto é, todos são maus e a única excepção é o PS.
Se calhar até tem razão. Como dizia um outro Junqueiro, o Guerra, o “povo imbecilizado e resignado, humilde e macambúzio, fatalista e sonâmbulo, burro de carga, besta de nora, aguentando pauladas, sacos de vergonhas, feixes de misérias, sem uma rebelião, um mostrar de dentes, a energia dum coice, pois que nem já com as orelhas é capaz de sacudir as moscas”.
Depois de atacar o PSD, o também secretário de Estado da Administração Local virou-se para o PCP e BE, acusando-os de "muleta da direita" e de serem "co-autores de uma grande crise política".
O efeito mimético nos socialistas é de tal ordem que, depois de se ouvir o chefe, é fácil saber o que os seus apaniguados vão dizer nas suas intervenções. É, aliás, uma boa estratégia.
Sendo José Sócrates de uma casta superior, os socialistas só têm de repetir o que ele diz, juntando-se à carneirada que, a troco de uma prato de lentilhas, lá faz fila para o beija-mão ao PECaminoso sumo pontífice do PS.
Como é habitual, Sócrates diz às segundas, quartas e sextas uma coisa e às terças, quintas e sábados outra. Assim sendo, possivelmente amanhã - dia do encerramento do conclave socialista - dirá algo diferente.
Mas seja lá o que for que ele diga, os seus acólitos acreditam que o seu líder tem um dom sebastiânico.
Como bem diz o grande educador das massas operárias, também ministro, Augusto Santos Silva, perante o “salivar” de todos os partidos da Oposição, o PS tem de unir esforços para continuar a ter livre acesso à gamela.
Por alguma razão, desde que há mais de seis anos José Sócrates chegou a dono do país, Portugal está cada vez mais perto dos mais evoluídos paises do norte... de África.
Eu continuo, contudo, a subscrever (salvo seja!) o que diz José Junqueiro, quando afirma que o primeiro-ministro “é uma oportunidade para o país, mas também um exemplo para a Europa”. E, além disso, incluiria em abono da verdade que também é um exemplo para o Burkina Faso.
E se dúvidas existissem quanto às condições para ainda se ser deste PS, basta ouvir José Junqueiro. E são elas, subserviência total, coluna vertebral amovível (ou, preferencialmente, ausência dela) e disponibilidade total para estar sempre de acordo com o dono do partido e, na circunstância, do país.
“O que nós precisamos é de homens públicos que saibam estar à altura das responsabilidades”, afirmou ainda não há muitos PECs atrás, José Junqueiro sobre o chefe do Governo, a propósito das dificuldades económicas por que passa Portugal e outros países europeus.
Goste-se ou não, creio que terão sido as qualidades de José Sócrates que levaram Nicolas Paul Stéphane Sarkozy de Nagy-Bocsa e Angela Dorothea Merkel, entre muitos – mas mesmo muitos –, a pedir a erudita ajuda do perito dos peritos lusos, de seu nome José Sócrates Carvalho Pinto de Sousa.
Menos êxito tiveram, obviamente por culpa da Oposição, os 700 mil desempregados, os 20% de portugueses que estão na miséria e os outros 20% que já a têm a bater à porta.
Seja como for, por experiência própria estes portugueses sabem cada vez melhor que, como as fraldas e pela mesma razão, os políticos socialistas devem ser substituídos e mandados para o lixo... sem direito a reciclagem.
Sem comentários:
Enviar um comentário