segunda-feira, abril 18, 2011

Que chatice. Não há tachos para todos!

O secretário-geral do PSD, Miguel Relvas, afirma que o PS escolheu para cabeças de lista ministros e secretários de Estado que "quase arruinaram Portugal".

O PS certamente dirá que, por sua vez, o PSD escolheu aqueles que melhor estão preparados para arruinarem Portugal. E, ao que parece, são cada vez mais os portugueses que voltaram a acreditar no partido de José Sócrates.

E, num caso ou no outro, uma coisa é certa. Portugal está e estará arruinado.

Com farinha do mesmo saco, nem os condimentos serão suficientes para mostrar que o pirão é diferente.

Miguel Relvas diz ainda que "o PSD está de consciência tranquila, com uma grande esperança, com equipas rejuvenescidas, com equipas de grande qualidade, com muitos independentes".

Equipas rejuvenescidas no PSD? É verdade, se rejuvenescer significar trocar as onças por gatos bravos, colocar estagiários no lugar dos profissionais. Quanto à qualidade, basta ver que o partido não escolheu, por exemplo, Fernando Nobre para futuro ministro da saúde mas para presidente do Parlamento.

Se Passos Coelho estivesse a formar uma equipa de basquetebol, certamente que a iria rejuvenescer e dar-lhe altos índices de qualidade contratando alguns dos melhores... tenistas.

Miguel Relvas diz igualmente que “muitos destes independentes que no passado poderiam ter acompanhado o PS acompanham hoje o PSD, porque sabem que o projecto de mudança está com o PSD e está com Passos Coelho".

É verdade. Muitos dos que hoje estão com a camisola laranja estavam, ontem, vestidos de rosa. Isso significa que o actual PSD apresenta um credível projecto de mudança? Não. Significa que esses (in)dependentes estarão quase sempre do lado do potencial vencedor. E como lhes cheira que Passos Coelho vai ser o próximo primeiro-ministro...

Mas também no PS as coisas não estão famosas. Em Coimbra, por exemplo, o deputado Victor Baptista insurgiu-se contra a sua exclusão da lista de deputados às próximas eleições legislativas, considerando que representa “uma purga interna” no partido a nível distrital.

«Quis-me candidatar ao terceiro lugar e não me deixaram, disseram-se que a lista era fechada. Não só fui excluído, como me impediram ainda de me sujeitar ao voto dos membros da comissão política distrital», disse Victor Baptista à Lusa.

O melhor seria não pensar em diminuir o número de deputados mas, isso sim, aumentá-lo...

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