Foi ontem apresentado, em Lisboa, na Casa da Imprensa, o meu livro “Cabinda – Ontem protectorado, hoje colónia, amanhã Nação”. Eis a minha intervenção inicial:
Antes de algumas, poucas, considerações sobre este livro, permitam-me que faça os devidos e merecidos agradecimentos, bem como um lamento.
Agradeço à Casa da Imprensa a cedência deste magnífico espaço onde, para um Jornalista, é um privilégio muito especial estar presente.
Agradeço à Casa da Imprensa a cedência deste magnífico espaço onde, para um Jornalista, é um privilégio muito especial estar presente.
O meu muito obrigado à Editora Letras de Ferro por ter apostado neste livro. Não sei qual será o retorno, mas creio que mais do que o investimento, a Editora acreditou que ele pode ser algo mais do que um simples livro.
Também um agradecimento especial ao meu velho camarada, companheiro e amigo Paulo Silva por ter escrito o prefácio que é, certamente, a melhor parte do livro.
Um outro agradecimento para o Carlos Narciso, igualmente velho camarada, companheiro e amigo, por ter aceite (o que me honra) fazer a apresentação do livro.
E, antes dos agradecimentos finais, deixem-me dizer que é para mim um raro privilégio, para além de uma honra, estar sentado a esta mesa, aqui na Casa da Imprensa, ao lado de dois dos melhores jornalistas de língua portuguesa que conheci ao longo de trinta e tal anos de profissão.
Em matéria de agradecimentos, cabe aqui um especial destaque para todos os presentes, desde logo porque não é fácil nos tempos que correm terem-nos honrado com a vossa presença.
O lamento tem a ver com o facto de os nossos colegas da comunicação social, salvo as sempre honrosas excepções, se esquecerem de uma das suas primordiais funções: dar voz a quem a não tem.
Quanto ao livro, e como dizia há muitos anos, em Angola, o João Charulla de Azevedo, projecto o melhor, espero o pior e aceito de ânimo igual o que Deus quiser.
Embora o livro apresente o que penso sobre a situação de Cabinda, o mais importante é o que o povo de Cabinda pensa, mesmo que nesta altura tenha de ter até especiais cuidados quando resolve pensar.
Se cada um dos que ler o livro conseguir pensar um pouco sobre o assunto, mesmo que seja para dizer que o autor é uma besta, terá valido a pena. É que o povo de Cabinda merece que alguém pense nele. Merece respeito, merece que oiçam o que ele tem para dizer.
Sei que Portugal tentou apagar depois do 25 de Abril de 1974 partes importantes da sua História. Nuns casos tentou apagar, noutros tentou escrever a História do modo que mais jeito dava. Cabinda não escapou a essa realidade. Mas, felizmente, ainda há por cá, tal como por lá, gente com memória.
Por último, espero que todos entendam que se a minha liberdade termina onde começa a dos outros, a dos outros termina, necessariamente, onde começa a minha.
Nota: Mais imagens e pormenores em
http://letrasdeferro.blogspot.com/
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