Ao mesmo tempo que Portugal celebra uma das mais importantes efemérides da sua História moderna, o 37º aniversário da Revolução do 25 de Abril, há 700 mil portugueses sem emprego, 20% da população na pobreza e outros 20% com ela à porta.
“Deixámos o império, abraçamos a democracia, escolhemos a Europa, alcançámos a moeda única, o euro. Mas duvidamos de nós próprios. Os portugueses perguntam-se todos os dias: para onde é que estão a conduzir o país? Em nome de quê se fazem todos estes sacrifícios?”, salientou há um ano o chefe de Estado, Aníbal Cavaco Silva, num discurso na sessão solene na Assembleia da República comemorativa do 25 de Abril de 1974.
Cavaco Silva perguntou nesse dia o que os 700 mil portugueses sem emprego, os 20% que são pobres e os outros 20% que já têm a pobreza à porta perguntam todos os dias e desde há muito tempo.
A prova de que se “acumulam dúvidas quanto ao futuro do país”, frisou Cavaco Silva (há um ano), está no número de jovens que parte para o estrangeiro, na maioria precisamente aqueles que são “os mais qualificados e os promissores”. Mas, porque na maioria deles persiste o desejo de regressar, Portugal não deve desperdiçar esse “potencial”, caso contrário, o país poderá transformar-se um “país periférico”.
Será que os 700 mil portugueses sem emprego, os 20% que são pobres e os outros 20% que já têm a pobreza à porta, ainda têm tempo para ter dúvidas?
Por isso, exortou o chefe de Estado no dia 25 de Abril de 2010, “não podemos perder tempo, porque a concorrência será implacável” e, quem ficar para trás, terá de fazer um enorme esforço de recuperação. “No mundo actual, não esperemos que os outros nos ajudem se não acreditarmos em nós próprios, se formos incapazes de fazer aquilo que nos cabe fazer”, acrescentou, sustentando que no dia de hoje, isto foi há um ano, se celebra a esperança dos que acreditaram, sobretudo em si próprios.
Mas, afinal, que esperança podem ter os 700 mil portugueses sem emprego, os 20% que são pobres e os outros 20% que já têm a pobreza à porta?
Na sua intervenção, que encerrou a sessão solene do ano passado, o Presidente da República voltou ainda a sublinhar que é nos momentos de “grave crise”, como aquela que Portugal atravessa actualmente, que há que abrir caminhos que levem o país a novas oportunidades, como o mar e as indústrias criativas.
“Que justificação pode existir para que um país que dispõe de tão formidável recurso natural, como é o mar, não o explore em todas as suas vertentes, como o fazem os outros países costeiros da Europa?”, questionou o chefe de Estado, considerando que há que repensar a relação com o mar e apostar mais no sector dos transportes marítimos e dos portos.
Terá sido descoberta a pólvora? perguntam os 700 mil portugueses sem emprego, os 20% que são pobres e os outros 20% que já têm a pobreza à porta.
“Portugal e os portugueses precisam de desígnios que lhes deem mais coesão, mais auto-estima e mais propósito de existir. O mar é certamente um deles”, defendeu... há um ano.
Por outro lado, continuou Cavaco Silva, Portugal deve apostar na conversão de alguns centros urbanos em “grandes pólos internacionais de criatividade e conhecimento”, como ocorreu em Barcelona, Berlim, Amesterdão e Estocolmo.
Portugal deve isto, Portugal deve aquilo. E também deve muito aos 700 mil portugueses sem emprego, aos 20% que são pobres e aos outros 20% que já têm a pobreza à porta.
Além de Lisboa, Cavaco Silva apontou o exemplo do Porto como “uma cidade que dispõe de todas as condições para ser um pólo aglutinador de novas indústrias criativas”, nomeadamente ligadas à moda, design, cinema, teatro, informática e comunicação.
“Uma aposta forte dos poderes públicos, conjugada com a capacidade já demonstrada pela sociedade civil relativamente a projectos culturais de referência, poderão fazer do Porto e do Norte uma grande região criativa, sinónimo de talento, de excelência e de inovação”, sustentou há ano, elogiando a capacidade empreendedora “das gentes do Norte” e do Porto, cidade onde existe “muito do melhor que Portugal fez nas últimas décadas”.
Quem diria? E é por ser assim que no Porto e não região Norte se situa a maioria dos 700 mil portugueses sem emprego, dos 20% que são pobres e dos outros 20% que já têm a pobreza à porta.
“Só falta mobilizar esforços para transformar o Porto e o Norte numa grande região europeia vocacionada para a economia criativa e fazer desse objetivo uma prioridade da agenda política”, acrescentou ainda Cavaco Silva.
É isso aí. Por outras palavras, pouco falta para que os 700 mil portugueses sem emprego, os 20% que são pobres e os outros 20% que já têm a pobreza à porta aprendam a viver sem comer.
Passou um ano. Resultados? Os que se conhecem. E assim continua Portugal, cantando e rindo e governado por uma escumalha de políticos que não existem para servir mas, apenas isso, para se servirem. A bem da nação, é claro!
Cavaco Silva perguntou nesse dia o que os 700 mil portugueses sem emprego, os 20% que são pobres e os outros 20% que já têm a pobreza à porta perguntam todos os dias e desde há muito tempo.
A prova de que se “acumulam dúvidas quanto ao futuro do país”, frisou Cavaco Silva (há um ano), está no número de jovens que parte para o estrangeiro, na maioria precisamente aqueles que são “os mais qualificados e os promissores”. Mas, porque na maioria deles persiste o desejo de regressar, Portugal não deve desperdiçar esse “potencial”, caso contrário, o país poderá transformar-se um “país periférico”.
Será que os 700 mil portugueses sem emprego, os 20% que são pobres e os outros 20% que já têm a pobreza à porta, ainda têm tempo para ter dúvidas?
Por isso, exortou o chefe de Estado no dia 25 de Abril de 2010, “não podemos perder tempo, porque a concorrência será implacável” e, quem ficar para trás, terá de fazer um enorme esforço de recuperação. “No mundo actual, não esperemos que os outros nos ajudem se não acreditarmos em nós próprios, se formos incapazes de fazer aquilo que nos cabe fazer”, acrescentou, sustentando que no dia de hoje, isto foi há um ano, se celebra a esperança dos que acreditaram, sobretudo em si próprios.
Mas, afinal, que esperança podem ter os 700 mil portugueses sem emprego, os 20% que são pobres e os outros 20% que já têm a pobreza à porta?
Na sua intervenção, que encerrou a sessão solene do ano passado, o Presidente da República voltou ainda a sublinhar que é nos momentos de “grave crise”, como aquela que Portugal atravessa actualmente, que há que abrir caminhos que levem o país a novas oportunidades, como o mar e as indústrias criativas.
“Que justificação pode existir para que um país que dispõe de tão formidável recurso natural, como é o mar, não o explore em todas as suas vertentes, como o fazem os outros países costeiros da Europa?”, questionou o chefe de Estado, considerando que há que repensar a relação com o mar e apostar mais no sector dos transportes marítimos e dos portos.
Terá sido descoberta a pólvora? perguntam os 700 mil portugueses sem emprego, os 20% que são pobres e os outros 20% que já têm a pobreza à porta.
“Portugal e os portugueses precisam de desígnios que lhes deem mais coesão, mais auto-estima e mais propósito de existir. O mar é certamente um deles”, defendeu... há um ano.
Por outro lado, continuou Cavaco Silva, Portugal deve apostar na conversão de alguns centros urbanos em “grandes pólos internacionais de criatividade e conhecimento”, como ocorreu em Barcelona, Berlim, Amesterdão e Estocolmo.
Portugal deve isto, Portugal deve aquilo. E também deve muito aos 700 mil portugueses sem emprego, aos 20% que são pobres e aos outros 20% que já têm a pobreza à porta.
Além de Lisboa, Cavaco Silva apontou o exemplo do Porto como “uma cidade que dispõe de todas as condições para ser um pólo aglutinador de novas indústrias criativas”, nomeadamente ligadas à moda, design, cinema, teatro, informática e comunicação.
“Uma aposta forte dos poderes públicos, conjugada com a capacidade já demonstrada pela sociedade civil relativamente a projectos culturais de referência, poderão fazer do Porto e do Norte uma grande região criativa, sinónimo de talento, de excelência e de inovação”, sustentou há ano, elogiando a capacidade empreendedora “das gentes do Norte” e do Porto, cidade onde existe “muito do melhor que Portugal fez nas últimas décadas”.
Quem diria? E é por ser assim que no Porto e não região Norte se situa a maioria dos 700 mil portugueses sem emprego, dos 20% que são pobres e dos outros 20% que já têm a pobreza à porta.
“Só falta mobilizar esforços para transformar o Porto e o Norte numa grande região europeia vocacionada para a economia criativa e fazer desse objetivo uma prioridade da agenda política”, acrescentou ainda Cavaco Silva.
É isso aí. Por outras palavras, pouco falta para que os 700 mil portugueses sem emprego, os 20% que são pobres e os outros 20% que já têm a pobreza à porta aprendam a viver sem comer.
Passou um ano. Resultados? Os que se conhecem. E assim continua Portugal, cantando e rindo e governado por uma escumalha de políticos que não existem para servir mas, apenas isso, para se servirem. A bem da nação, é claro!
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