O líder parlamentar do PSD acusou em 15 de Julho do ano passado o primeiro-ministro de Portugal de viver na fantasia e de ter feito um discurso sobre a situação do país que insulta as dificuldades dos 600 mil (só está a 100 mil da verdade) portugueses desempregados.
Acho piada a este tipo de discussões de políticos que são fuba do mesmo saco, que são pares no tango que põe o país de tanga, que gostam – com tonalidades muito similares – de gozar com a chipala dos portugueses, julgado que todos eles são matumbos.
"O que temos hoje no país é impostos a mais, endividamento a mais, despesa pública a mais, riqueza a menos, poder de compra a menos, dificuldades a mais para as famílias e para as empresas", declarou o líder parlamentar do PSD, Miguel Macedo, durante o debate do (mau) “Estado da Nação”, no Parlamento.
Ou seja, disse o mesmo que um dia destes dirá o PS caso o PSD venha a ser governo. É que a situação do país dos portugueses, não o país da maior parte deles, passa sempre pela mesma receita, pelo mesmo diagnóstico e – é claro – pelas mesmas vítimas.
Tudo isto é verdade, seja dito pelo PSD ou por qualquer outro partido. Mas o que o país precisa não é de diagnósticos do PSD ou placebos do PS. Precisa de tratamento eficaz e, pelo andar da carruagem, não parece existir no reino lusitano quem seja capaz de passar das palavras à acção. Basta ver as escolhas de Passos Coelho (Fernando Nobre, por exemplo), já para não falar das do PS (Basílo Horta, por exemplo).
Miguel Macedo apontou na altura os "mais de cem mil portugueses que abandonam por ano o país porque não encontram em Portugal um presente e, sobretudo, não vislumbram em Portugal um futuro" e criticou os resultados invocados e o tom utilizado pelo primeiro-ministro, José Sócrates, no seu discurso.
E então? Nada. O PSD, por falta de melhores argumentos, tem garganta suficiente para ir dizendo algumas verdades mas, até agora, apresenta-se como um partido castrado ou, pelo menos, detentor de tomates amovíveis. Sendo que a maior parte das vezes os deixa na gaveta.
"Desculpe que lhe diga, senhor primeiro-ministro, está a insultar a dificuldade de 600 mil portugueses que estão no desemprego", disse o líder parlamentar do PSD, acusando José Sócrates de ter demonstrado "insensibilidade social e de autismo político" e de ter feito uma intervenção de quem vive no "país da fantasia".
Mais uma vez o PSD esquece-se que ladrão tanto é o que entra em casa como o que fica à porta. E em Portugal, nesta fase, é o PS quem entra na casa dos portugueses, mas quem fica à porta (desejoso de entrar para fazer o mesmo) é o PSD.
Segundo o líder parlamentar do PSD, "os portugueses hoje não vivem melhor depois de cinco anos de Governo socialista" e Portugal é "um país com mais pobres, mais excluídos e mais desigualdades", ao contrário do que alegou o primeiro-ministro.
Só faltou dizer que os portugueses que estão a aprender a viver sem comer são cidadãos de terceira. De primeira, e sem esses problemas, são os do PS, de segunda e também sem grandes problemas são os do PSD, e os de terceira são todos aqueles que trabalham, todos os que pensam pela sua própria cabeça e que não têm nem coluna vertebral nem tomates amovíveis.
"O que temos hoje no país é impostos a mais, endividamento a mais, despesa pública a mais, riqueza a menos, poder de compra a menos, dificuldades a mais para as famílias e para as empresas", declarou o líder parlamentar do PSD, Miguel Macedo, durante o debate do (mau) “Estado da Nação”, no Parlamento.
Ou seja, disse o mesmo que um dia destes dirá o PS caso o PSD venha a ser governo. É que a situação do país dos portugueses, não o país da maior parte deles, passa sempre pela mesma receita, pelo mesmo diagnóstico e – é claro – pelas mesmas vítimas.
Tudo isto é verdade, seja dito pelo PSD ou por qualquer outro partido. Mas o que o país precisa não é de diagnósticos do PSD ou placebos do PS. Precisa de tratamento eficaz e, pelo andar da carruagem, não parece existir no reino lusitano quem seja capaz de passar das palavras à acção. Basta ver as escolhas de Passos Coelho (Fernando Nobre, por exemplo), já para não falar das do PS (Basílo Horta, por exemplo).
Miguel Macedo apontou na altura os "mais de cem mil portugueses que abandonam por ano o país porque não encontram em Portugal um presente e, sobretudo, não vislumbram em Portugal um futuro" e criticou os resultados invocados e o tom utilizado pelo primeiro-ministro, José Sócrates, no seu discurso.
E então? Nada. O PSD, por falta de melhores argumentos, tem garganta suficiente para ir dizendo algumas verdades mas, até agora, apresenta-se como um partido castrado ou, pelo menos, detentor de tomates amovíveis. Sendo que a maior parte das vezes os deixa na gaveta.
"Desculpe que lhe diga, senhor primeiro-ministro, está a insultar a dificuldade de 600 mil portugueses que estão no desemprego", disse o líder parlamentar do PSD, acusando José Sócrates de ter demonstrado "insensibilidade social e de autismo político" e de ter feito uma intervenção de quem vive no "país da fantasia".
Mais uma vez o PSD esquece-se que ladrão tanto é o que entra em casa como o que fica à porta. E em Portugal, nesta fase, é o PS quem entra na casa dos portugueses, mas quem fica à porta (desejoso de entrar para fazer o mesmo) é o PSD.
Segundo o líder parlamentar do PSD, "os portugueses hoje não vivem melhor depois de cinco anos de Governo socialista" e Portugal é "um país com mais pobres, mais excluídos e mais desigualdades", ao contrário do que alegou o primeiro-ministro.
Só faltou dizer que os portugueses que estão a aprender a viver sem comer são cidadãos de terceira. De primeira, e sem esses problemas, são os do PS, de segunda e também sem grandes problemas são os do PSD, e os de terceira são todos aqueles que trabalham, todos os que pensam pela sua própria cabeça e que não têm nem coluna vertebral nem tomates amovíveis.
Sem comentários:
Enviar um comentário