O secretário-geral do PSD, Miguel Relvas, considerou hoje que seria mais fácil o diálogo com o PS se este fosse liderado por António Costa, Francisco Assis ou António José Seguro, em vez de José Sócrates.
Isso também sabem os socialistas que, no entanto, não têm tomates para o dizer na cara do sumo pontífice do partido pelo que, convenhamos, acabam por ser iguais a ele.
Quem, aliás, seguiu a trajectória político-partidária de Francisco Assis nos últimos anos não terá, creio, dificuldade em ver que ele está cada vez mais igual (embora para melhor) a José Sócrates.
As afirmações surgiram no final de um debate de perto de três horas sobre informação e política, com muitas críticas ao estado do jornalismo português (quem diria?), no Instituto Superior de Comunicação Empresarial (ISCEM), em Lisboa.
Antes, no início da sua intervenção, o secretário-geral do PSD referiu-se a António José Seguro como "um dos políticos mais brilhantes" da sua geração. Embora seja óbvio, não deixa de ser verdade.
Segundo Miguel Relvas, a actual liderança do PS "não consegue falar com ninguém, está esgotada: já não consegue falar com o PCP, não fala com o Bloco de Esquerda, não fala com o PSD, não fala com o CDS, é uma liderança que é a imagem da crise do país", enquanto "hoje o PSD fala à sua direita".
Que só uma parte do PS consegue falar com uma outra perte do PS já todos sabem, até mesmo – espantem-se – os próprios socialistas. Isto porque José Sócrates só gosta de falar com os que estão de acordo com ele... ou não fosse o dono do partido e ainda do país.
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