“Os que destruíram o país não têm o direito de criticar o meu governo”. Palavras de Álvaro Boavida Neto, governador do Namibe, Angola, durante um acto de campanha eleitoral do MPLA.
O governante do MPLA foi ainda mais longe dizendo que “o povo sabe quem partiu as escolas, quem partiu os centros de saúde, quem partiu os hospitais, a destruição das pontes, as destruições das aldeias, dos quimbos, das comunas”. É claro que sabe. Mas, importa dizê-lo, sabe muitas outras coisas.
Sabe, por exemplo, do massacre de Luanda, perpetrado pelas forças militares e de defesa civil do MPLA, visando o aniquilamento da UNITA e de cidadãos Ovimbundu e Bakongo.
Massacre esse que foi o ponto de partida para outros que (nunca é demais recordá-lo) se saldaram no assassinato de 50 mil angolanos, entre os quais o vice-presidente da UNITA Jeremias Kalandula Chitunda, o secretário-geral Adolosi Paulo Mango Alicerces, o representante na CCPM, Elias Salupeto Pena, e o chefe dos Serviços Administrativos em Luanda, Eliseu Sapitango Chimbili.
Sabe, por exemplo, do massacre do Pica-Pau em que no dia 4 de Junho de 1975, perto de 300 crianças e jovens, na maioria órfãos, foram assassinados e os seus corpos mutilados pelo MPLA, no Comité de Paz da UNITA em Luanda.
Sabe, por exemplo, do massacre da Ponte do rio Kwanza, em que no dia 12 de Julho de 1975, 700 militantes da UNITA foram barbaramente assassinados pelo MPLA, perto do Dondo (Província do Kwanza Norte), perante a passividade das forças militares portuguesas que deveriam garantir a sua protecção.
Sabe, por exemplo, que mais de 40.000 angolanos foram torturados e assassinados pelo MPLA em todo o país, depois dos acontecimentos de 27 de Maio de 1977, acusados de serem apoiantes de Nito Alves ou opositores ao regime.
Sabe, por exemplo, que, entre 1978 e 1986, centenas de angolanos foram fuzilados publicamente pelo MPLA, nas praças e estádios das cidades de Angola. Prática que se iniciou no dia 3 de Dezembro de 1978 na Praça da Revolução no Lobito, com o fuzilamento de 5 patriotas e teve o seu auge a 25 de Agosto de 1980, com o fuzilamento de 15 angolanos no Campo da Revolução em Luanda.
Sabe, por exemplo, que no dia 29 de Setembro de 1991, o MPLA assassinou em Malange, o secretário Provincial da UNITA naquela Província, Lourenço Pedro Makanga, a que se seguiram muitos outros na mesma cidade.
Sabe, por exemplo, que nos dias 22 e 23 de Janeiro de 1993, o MPLA desencadeou em Luanda a perseguição aos cidadãos angolanos Bakongo, tendo assassinato perto de 300 civis.
Sabe, por exemplo, que em Junho de 1994, a aviação do MPLA bombardeou e destruiu a Escola de Waku Kungo (Província do Kwanza Sul), tendo morto mais de 150 crianças e professores.
Sabe, por exemplo, que entre Janeiro de 1993 e Novembro de 1994, a aviação do MPLA bombardeou indiscriminadamente a cidade do Huambo, a Missão Evangélica do Kaluquembe e a Missão Católica do Kuvango, tendo morto mais de 3.000 civis.
Sabe, por exemplo, que entre Abril de 1997 e Outubro de 1998, na extensão da Administração ao abrigo do protocolo de Lusaka, o MPLA assassinou mais de 1.200 responsáveis e dirigentes dos órgãos de Base da UNITA em todo o país.
E por saber tudo isso é que quer ajudar a mudar Angola para melhor.
2 comentários:
Resumindo e concluindo, MPLA e UNITA = farinha do mesmo saco! O diabo que vos leve de Angola e do mundo!
Os dirigentes do MPLA,estão com muitos ossos para mastigarem e digerirem bem, para não lhes causar congestão. Massacre da região do Bula no cafunfo,foram mortos mais populares pelos policias a baionetas,do que na hora do ataque pelos mesmos chuis mandatados pelo M.
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