Hugo Chávez, presidente da Venezuela, anunciou hoje e mais uma vez que aquele coisa (dizem ser um computador) a que os portugueses deram nome de “Magalhães” vão ser distribuída nas escolas do país a partir de 16 de Setembro, embora com outro nome: Canaima.
"Vamos começar pelo primeiro ano de escolaridade. São computadores feitos especialmente para aguentar um menino do primeiro ano, que os mordam, que os golpeiem, que os lancem ao chão", afirmou o presidente venezuelano. Nem mais.
De qualquer maneira acho que Chávez não se está a portar muito bem com o seu amigo e principal vendedor do “Magalhães”, o engenheiro José Sócrates.
Isso não se faz. Já não bastava a campanha negra conduzida em Portugal pelos jornalistas de segunda (todos os que não são do PS) contra José Sócrates, já não bastava seu amigo líbio, Muammar Kadhafi, dizer que o Tribunal Penal Internacional representa “uma nova forma de terrorismo mundial” e vem agora Hugo Chávez trair o “Magalhães”.
Recorde-se que, sempre de acordo com amigo venezuelano de José Sócrates, no primeiro trimestre deste ano deveriam já ter sido colocado os primeiros 500 mil Classmate (um mini-notebook voltado para uso na educação) do projecto Magalhães promovido pelo governo português.
Seja como for, o agora projecto Canaima incluiu a aquisição de um milhão de computadores, a maior aquisição feita no mundo deste projecto Intel.
O Canaima é um sistema operacional venezuelano baseado na distribuição GNU/Linux Debian, adaptada pelo Centro Nacional de Tecnologias de Informação (CNTI) para atender às necessidades de usuários finais da Administração Pública Nacional (APN), dando cumprimento ao decreto presidencial Nº 3390 sobre o uso de tecnologias livres.
O nome evoca o parque nacional Canaima, situado no Estado Bolívar (a sudeste de Caracas), que em 1994 foi declarado Património da Humanidade pela UNESCO, por ser uma reserva natural com relevos abruptos essenciais e únicos em todo o mundo constituidos por “tepuys” (planaltos) com milhares de anos.
A 13 de Setembro de 2008, o presidente Hugo Chávez anunciou que a Venezuela tencionava comprar um milhão de computadores escolares Magalhães a Portugal, para distribuir nas escolas venezuelanas.
O anúncio foi feito durante num encontro, no palácio presidencial de Miraflores, com o então ministro da Economia e Inovação português, Manuel Pinho, em que foram assinados vários acordos de cooperação bilateral entre Portugal e a Venezuela.
A 26 de Setembro, num comunicado o departamento de imprensa de Miraflores, o governo venezuelano precisava que Portugal enviaria, “nos primeiros meses de 2009” os primeiros 250 mil portáteis Magalhães, computador que foi descrito pelo presidente Hugo Chávez como “moderno” e “um verdadeiro computador que aguenta bombardeamentos”.
E para além de aguentar tudo o que a propaganda socialistas quiser, o Magalhães é, no dizer do primeiro-ministro do reino lusitano, “o primeiro grande computador ibero-americano, uma espécie de Tintim: para ser usado desde os sete aos 77 anos”.
1 comentário:
Ora nem mais!
E além disso é óptimo para estupidificar as massas mais depressa e eficazmente! Estes gajos não brincam em serviço!!
Anda lá Sócrates, que vais chegar longe! Quem não gosta de governar um país de burros, hem?! Sócrates?!...
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