Depois de conhecida a sentença do Tribunal de Sintra (Portugal) aplicada a Isaltino Morais, o procurador-geral da República, Pinto Monteiro, felicitou o “trabalho” do Ministério Público.
Em declaração ao PÚBLICO, Pinto Monteiro diz que “como se vai comprovando, a justiça funciona e o sentimento de impunidade que existia em certos sectores está a acabar”.
Cá para mim, Fátima Felgueiras, Valentim Loureiro, Avelino Ferreira Torres e Pinto da Costa terão achado alguma, ou até muita, piada às declarações de Pinto Monteiro.
Dizem as notícias (as tais que leveram Pinto Monteiro a dizer que “a justiça funciona e o sentimento de impunidade que existia em certos sectores está a acabar”) que Isaltino Morais, presidente da Câmara Municipal de Oeiras, foi condenado a sete anos de prisão efectiva e a perda de mandato.
Dizem as notícias (as tais que leveram Pinto Monteiro a dizer que “a justiça funciona e o sentimento de impunidade que existia em certos sectores está a acabar”) que o Tribunal de Sintra deu como provada a culpa do autarca em quatro crimes: fraude fiscal; abuso de poder; corrupção passiva para acto ilícito e branqueamento de capitais, condenando-o a pagar uma indemnização de 463 mil euros ao Estado.
Dizem as mesmas notícias (as tais que leveram Pinto Monteiro a dizer que “a justiça funciona e o sentimento de impunidade que existia em certos sectores está a acabar”) que a sentença será suspensa porque Isaltino Morais já apresentou recurso.
Dizem as notícias (as tais que leveram Pinto Monteiro a dizer que “a justiça funciona e o sentimento de impunidade que existia em certos sectores está a acabar”) que o autarca não pretende desistir da sua recandidatura ao cargo de presidente da câmara de Oeiras.
Dizem as notícias (as tais que leveram Pinto Monteiro a dizer que “a justiça funciona e o sentimento de impunidade que existia em certos sectores está a acabar”) que, afinal, se a impunidade está a acabar isso é apenas para os pilha-galinhas.
2 comentários:
Pois é, parece chegar a altura de se criar um "Movimento de Apoio às Vítimas das Maldades da Justiça", sob o lema "Exultemos o Isaltino".
Coitadinho do homem...
Se a moda pega ainda vai Equador abaixo Pra-Além Mar Em África e Brasil.
Será que é desta, não, certamente que não, vai tudo acabar com uma grande sardinhada de desagravo.
Caro Orlando,
É claro que a justiça em Portugal é uma coisa altamente subjectiva. Este é um dos maiores problemas do nosso País, despertando um sentimento generalizado de impunidade, que associado à enorme carência de valores e de educação da nossa população, deixam-nos numa posição triste perante o Mundo. E, sobretudo, deixam-nos sem moralidade para criticar, como é tão frequente fazermos, muitos outros países com práticas idênticas. Quando penso no caso Madoff e na sua resolução...
Abraço,
Alexandre Correia
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