O substituto do comandante da Região Militar Norte para Educação Patriótica do MPLA, Coronel Zeferino Sekunanguela, enalteceu, no Uíge, o contributo do primeiro presidente de Angola, António Agostinho Neto na luta de libertação nacional.
Vejam como funciona Angola, trinta e tal anos depois da independência. Na estrutura militar, tal como em qualquer ditadura marxista ao estilo dos Khmer Vermelhos (foto) de Pol Pot, existe uma estrutura para a “Educação Patriótica”.
O oficial superior da tal “Educação Patriótica”, que falava na palestra sobre "Vida e obra de Doutor Agostinho Neto", disse que Neto foi o Fundador do movimento nacionalista, da Nação angolana e contribuiu para a luta de libertação nacional.
Assim sendo, “Educação Patriótica” é sinónimo do culto das personalidades afectas ao regime do MPLA, banindo da História de Angola qualquer outra figura que não se enquadre na cartilha do parido que, cada vez mais, não só se confunde com o país como obriga o país a confundir-se consigo.
O oficial superior da tal “Educação Patriótica” reconheceu que o primeiro presidente de Angola foi um grande estadista e político que contribuiu também para a libertação de outros povos Africanos rumo á independência dos seus países.
Só é pena que Agostinho Neto não tenha nascido há uns séculos para ser possível dizer que também contribuiu para a independência de Portugal. Mesmo assim, creio que o oficial superior da tal “Educação Patriótica” sempre pode dizer que Neto ajudou a democratizar o regime português.
Segundo o oficial superior da tal “Educação Patriótica”, graças à sabedoria de Agostinho Neto é que o povo de Angola conseguiu libertar-se da escravatura e da colonização portuguesa e de todas os crimes promovidas pelos inimigos de Angola.
Só falta dizer que foi graças a Agostinho Neto que nós os angolanos começamos a andar de forma erecta.
O oficial superior da tal “Educação Patriótica” explicou também a contribuição de Neto como médico profundamente humano, como escritor e político de renome internacional. De facto, ao que parece, melhor do que Agostinho Neto só será, um dia destes, José Eduardo dos Santos.
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