Hoje em Portugal é dia de reflexão. Amanhã há eleições. Ao que parece será mais do mesmo, não a bem da nação mas, isso sim, dos que há 35 anos “compraram” o direito de serem donos do país.
Hoje, para mim, o PS é incompetente, o PSD mole, a extrema-esquerda lírica e a direita nem carne nem peixe. No conjunto, embora mais uns do que outros, todos querem chegar à gamela pela via do voto. Se calhar algins não enjeitavam outra via qualquer, mas...
Portugal precisa de qualidade. Na política, no ensino, na saúde, na justiça, na segurança. Em tudo. Precisa mas não quer. A quantidade parece ser a grande aposta. Mais e mais. Todos vemos, todos os dias, no Parlamento – por exemplo, que a quantidade não é sinónimo de qualidade.
Mas, também é verdade, se Portugal tem os políticos que tem, os jornalistas que tem, se calhar acaba por merecer os polícias, os professores, os juízes, os médicos e as leis que tem. E assim sendo, a culpa não é dos governos mas, isso si, dos eleitores que entregam o seu destino nas mãos de políticos de muito fraco nível.
Portugal é um país onde se exige mais celeridade criminal. E exige bem. Mas o que se passa é que essa celeridade vai funcionar em relação aos pilha-galinhas mas não em relação aos donos do reino, sejam eles empresários, políticos, gestores, administradores ou líderes dos cartéis onde numa orgia monstruosa se juntam todos este protagonistas.
Recorde-se que o correcto diagnóstico dos partidos à situação do país é, regra geral e democrática, feito depois um bom almoço e na perspectiva de um bom jantar, longe daqueles que não sabem como angariar dinheiro para alimentar os filhos.
Se toda esta vasta equipa de bem nutridos políticos, começando em José Sócrates, passando por Manuela Ferreira Leite, Jerónimo de Sousa, Francisco Louçã e terminando em Paulo Portas, soubesse o que é o país real, se calhar Portugal estaria mais próximo de ser um Estado de Direito.
Portugal tem hoje (amanhã serão mais) 600 mil desempregados. E se hoje os empregos são uma miragem, em grande parte se deve tanto à acção do governo socialista como à inaccção do governo... socialista.
O primeiro-ministro de Portugal, também secretário-geral do PS, teima em tratar os portugueses de segunda (todos os que não são do PS) como matumbos. Se calhar até terá alguma razão, tal é a carneirada que por aí se vê.
As promessas que agora faz, sem ter cumprido as que fez quando queria chegar ao poleiro, são prova inequívoca de que ele acredita que pondo os portugueses a pensar com a barriga, conseguirá nova vitória.
De facto, são cada vez mais o que pensam com a barriga. Desde logo porque entre Agosto de 2008 e igual mês deste ano os centros de emprego portugueses registaram, em média, um novo desempregado a cada quatro minutos...
Este José Sócrates que já tem escrito o discurso de vitória para ler amanhã à noite, é o mesmo que pôs os pensionistas com 500 euros a pagar IRS, que deu os mais baixos aumentos de pensões de que há memória na democracia, que recusou melhorar o subsídio de desemprego para os casais em que marido e mulher perderam o posto de trabalho, e que recusou alargar o subsídio de desemprego para os jovens que há um ano tinham contrato e agora não têm.
Legenda: A foto (actual) mostra uma das muitas ilhas de uma das freguesias mais populosas (50 mil habitantes) do Porto, Ramalde
1 comentário:
E não se esqueça Orlando, de pessoas como nós, que perderam os clientes e trabalho, na Oficina, á conta do desemprego e miséria que se alastra.
Apesar de sermos dois apenas, não somos contabilizados e o País estava, repito, estava, repleto de micro empresas, em nome individual, que não contam para estatísticas!
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