Augusto Santos Silva começou por dizer que os professores não distinguiam entre Salazar e os democratas. Depois apareceu João Soares a falar da outra senhora. Hoje foi a vez do (ainda) ministro das Obras Públicas dizer que aqueles que defendem ideias que impedem o desenvolvimento do país revelam uma «mentalidade do tempo de Salazar».
Se ao menos soubessem que, como disse António de Oliveira Salazar, “nós somos filhos e agentes de uma civilização milenária que tem vindo a elevar e converter os povos à concepção superior da própria vida, a fazer homens pelo domínio do espírito sobre a matéria, pelos domínios da razão sobre os instintos”...
«É o nosso espírito do Portugal dos pequeninos», sublinhou Mário Lino, que, no entanto, se escusou a apontar críticas directas.
Durante um debate organizado pelo Diário Económico, Mário Lino resumiu numa frase o que considera ser o espírito dos que defendem ideias que travam o desenvolvimento do país.
«É o nosso espírito do Portugal dos pequeninos», afirmou Mário Lino. Interpelado pelos jornalistas sobre se estava a referir-se a Manuela Ferreira Leite, o ministro respondeu que não se dirigia a ninguém.
No entanto, lamentou uma certa mentalidade que se arrasta no tempo. «Isto não vem de agora, vem do período salazarista», considerou, recusando, uma vez mais, fazer comparações com o PSD.
Sobre uma eventual suspensão do TGV, o governante considerou que tal ameaça Portugal de ficar na periferia, já não da Europa, mas da Península Ibérica.
Se assim for, Portugal estará muito mais perto dos objectivos estratégicos da equipa de José Sócrates: colocar o país cada vez mais próximo de... Marrocos.
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