O secretário-geral do PS e ainda primeiro-ministro de Portugal acusou hoje o PSD de comportamento arrogante, ao pretender afirmar-se como detentor absoluto da verdade, e de fazer uma campanha a insultar e a colocar em causa a seriedade dos adversários. Se a lata pagasse impostos, José Sócrates safaria o défice do país.
Provavelmente José Sócrates não sabe, desde logo porque ele só sabe o que lhe interessa, quem é Ferro Rodrigues. E foi este ex-secretário-geral do mesmo PS que, em Janeiro de 2008, disse à “Visão” que o Governo português deveria ter “menos arrogância e mais humildade”.
Ou seja, o ex-líder socialista sabia (e como ele há muitos mais socialistas) que “arrogância” e a “falta de humildade” fazem parte do código genético de José Sócrates.
Assim sendo, só há uma forma de alterar este (mau) estado de coisas: mandar Sócrates dar uma volta, sem regresso, ao bilhar grande.
Se calhar, digo eu na minha ingenuidade, alguns socialistas poderiam dar uma ajudinha no sentido de mandar o autocrático primeiro-ministro ir pregar para outro lado, nem que fosse como Comissário da ONU para os Refugiados. Não. Para este lugar não serve porque seria uma malvadeza para os refugiados que já têm problemas que cheguem, apesar do bom trabalho do também socialista António Guterres.
Aliás, como bem sabe Ferro Rodrigues, basta um pequeno sinal de água para que a maioria dos ratos socialistas abandone imediatamente o navio. Será que já é isso que está a acontecer?
Certo é que o PS está farto de meter água e de dar tiros nos próprios pés ou, parece-me, até em sítios bem acima dos pés. Do ponto de vista económico, os socialistas fazem o que melhor sabem: gastar por conta. Qualquer análise minimamente isenta revelaria que os socialistas gastam mais (e muito mal) do que o que têm, endividam os portugueses, arranjam tachos para os amigos e logo a seguir passam a factura para quem queira (se é que há quem queira) pôr ordem na casa.
Com a sociedade JS&SS Associados (José Sócrates e Santos Silva) o primado da competência foi engavetado, os empregos foram dados a supostos amigos, foi esquecido o princípio de que é preferível ter um adversário inteligente a um amigo estúpido, atolaram a máquina do Estado (onde se incluem muitas empresas) com amigos que para contarem até 12 continuam (mesmo com recurso ao Magalhães) a ter de se descalçar.
Curioso é, ainda, ver como os socialistas (e alguns sociais-democratas) continuam a julgar que são uma solução para o problema quando, de facto, são um problema para a solução.
Hoje, José Sócrates, que falava na sessão de encerramento da convenção nacional do PS, disse que, "para aqueles que se julgam os únicos detentores da verdade, quero dizer-lhes que o uso e o abuso da verdade como única linha política é o maior sinal de arrogância a que já assisti na vida política portuguesa".
Perante isto seria talvez de aconselhar a José Sócrates uns caldos de galinha. Mas creio que não resultaria. Até porque, ao tomá-los, o secretário-geral do PS e primeiro-mnistro do reino lusitano não resistiria a pensar que a dita cuja, choca ou não, era parecida com a Manuela Moura Guedes.
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