terça-feira, abril 12, 2011

Será mesmo verdade que a Igreja Católica... portuguesa vive no Portugal dos portugueses?

A Igreja Católica portuguesa continua a confundir a estrada da Beira com a beira da estrada. Basta ver que os seus responsáveis, certamente deslocados do país real, dizem que a política “made in Portugal” “não é uma arena” mas sim “mesa de diálogo”.

“Sem dúvida que, mesmo que haja uma maioria absoluta, se vê que, nestas circunstâncias, é importante, é fundamental, um consenso alargado”, afirmou o porta-voz da Conferência Episcopal Portuguesa (CEP), padre Manuel Morujão, no final da reunião do Conselho Permanente da instituição que decorreu em Fátima.

O sacerdote, citado pela Lusa, advertiu que se tal não acontecer o país continuará em “disputas político-partidárias” e lembrou ainda que a ajuda externa que o país precisa para solucionar a crise “vem sob essa condição”.

O país, mas sobretudo os políticos, que Manuel Morujão conhece não são portugueses com certeza! Os políticos portugueses não estão na causa pública para servir mas, isso sim, para se servir. E assim sendo, para eles vale tudo, qual orgia colectiva em que o povo é que se... lixa.

“Bem sabemos que a política não é uma arena onde se digladiam partidos e forças, mas é, sim, uma mesa de encontro, de diálogo, um gabinete de projectos de soluções e eu acho que é isso que nós pedimos aos nossos políticos, aos partidos, às forças sociais”, acrescentou Manuel Morujão, confundido a realidade com o sonho.

Questionado sobre se a ajuda externa é uma espécie de milagre para o país, o porta-voz da CEP referiu que “não há varinhas mágicas nesta ajuda” do exterior.

“Por isso, esse tal milagre ou chamemos o que quisermos não acontece sem compromissos sérios”, anotou, acrescentando como “fundamental” não serem “os mais desfavorecidos a pagar” a factura desta ajuda.

Novo engano de Manuel Morujão. Vão ser, como sempre foram, os mais desfavorecidos a pagar os devaneios, a incompetência e a ladroagem dos que levaram o país ao fundo mas que, como se vê, por aí andam impunemente a pavonear-se como salvadores da Pátria.

Para a Igreja Católica, o Governo tem de pensar nos mais desfavorecidos - “quem está no desemprego, quem tem pensões de miséria” e privilegiá-los “porque são os desprivilegiados da sociedade”.

Se se pedisse à Igreja Católica um, apenas um (ou até somente meio) exemplo de um governo português que se tivesse preocupado com os mais desfavorecidos, certamente que não conseguiria dá-lo.

Manuel Morujão defendeu também algo que, no fim de contas, mostra que a Igrela Católica vive noutro mundo. Disse ele que era necessário “um reforço de ética na política”. Alguém sabe como é possível reforçar algo que não existe?

“Sabemos que sem valores não se chega a lado nenhum e são estes princípios de verdade, de honestidade, de justiça, de realismo que são imprescindíveis para que no nosso país, nesta tormenta em que se encontra, não haja nenhum naufrágio, mas chegue a bom porto”, disse Manuel Morujão.

A tormente é de facto enorme. Mas como os princípios apresentados pela Igreja Católica não existem em Portugal, certamente que o melhor era aconselhar os portugueses, não a mudar de país, mas a mudar toda esta corja de mabecos que tomou conta do que ainda resta.

1 comentário:

Calcinhas de Luanda disse...

Certamente que está! Pelo menos daqueles que lhes garantam boas reformas.
Por favor veja:


http://aeiou.expresso.pt/7450-euros-por-mes-o-padre-melicias-tem-uma-pensao-que-e-uma-delicia=f643212