terça-feira, abril 26, 2011

"Foleiro é a tua tia, pá!"

José Lello atribui a uma anomalia técnica (esta é boa!) o facto de ter classificado de foleiro o comportamento do Presidente da República. O socialista utilizou a sua página na rede social Facebook para criticar, nestes termos, o facto de Cavaco Silva não ter convidado os deputados para a cerimónia do 25 de Abril.

Aproveitando a boleia, a administração aqui do Alto Hama decretou que tudo quanto seja escrito e que não agrade aos donos do poder se deve, obviamente, a anomalias técnicas. Estamos entendidos?

Em declarações à Rádio Renascença, José Lello justificou-se dizendo que tudo não passou de uma anomalia técnica.

Vejamos, pelas palavras do próprio e sem, presumo, anomalias técnicas, o que se passou: “Estava a enviar mensagens a um colega meu de bancada e, naturalmente, a utilizar uma linguagem que entre amigos é corrente. Se estivesse a exprimir-me publicamente utilizaria o politiquês e diria que o Presidente da República não foi suficientemente abrangente e, portanto, aquilo que eu disse senti”, explicou.

E assim de repente, são várias as anomalias tácnicas do deputado socialista que, por exemplo, entendia que apesar de ser deputado, estar num local público (Parlamento) e usar nesse espaço computadores que não são pessoais, tinha o direito de fazer o que quer com eles.

Ou seja, podia muito bem estar a ver imagens pedagógicas da sua colega italiana Ilona Staller (mais conhecida por Cicciolina), consultar contas pessoais, comentar blogues, escrever coisas foleiras, jogar zuma etc.

O que de facto o chateia, tanto a ele como a muitos outros, é estar sujeito a que os repórteres fotográficos apanhem imagens que nada tenham a ver com os trabalhos no Parlamento. Coisa, certamente, improvável...

Segundo José Lello, é preciso meter na linha (ele chamou-lhe – sem anomalias técnicas - “necessidade de definir a mobilidade”) os repórteres fotográficos na Assembleia da República, afirmando que os deputados “não podem estar sujeitos ao ‘voyeurismo’”.

Não podem mesmo. Por isso, parafraseando o ministro Augusto Santos Silva, é urgente “malhar” (a expressão é esta, mas fica a dúvida se não terá sido dita por qualquer anomalia técnica) em todos aqueles que resolvam chatear os donos do poder, neste caso os deputados.

Por isso, penso que o próximo Parlamento português deveria pura e simplesmente barrar, impedir, bloquear, a entrada no recinto de jornalistas e repórteres fotográficos.

A privacidade dos deputados estaria garantida. O país até agradecia. Para os portugueses é indiferente o que se passa no Parlamento. Além disso, os "Press officers e Media consultants" fariam chegar à Imprensa o que interessasse, com a vantagem de que se não repetiriam os casos de Manuel Pinho e outros similares.

E quanto maior for a ausência dos jornalistas menor risco haverá de anomalias técnicas. Vejam-se, por exemplo, os casos em que um primeiro-ministro (José Sócrates) se vira para um deputado e diz: "Manso é a tua tia, pá!"; de um deputado (Ricardo Rodrigues, agora cabeça-de-lista do PS pelos Açores) que rouba – ele chama-lhe “tomar posse” – os gravadores aos jornalistas que o entrevistavam, ou o registo de frases como “espionagem política”, “sujeira”, “coscuvilhice” , “política de fechadura”.

1 comentário:

Anónimo disse...

O Lello disse que o Presidente é foleiro

porque, a este zé ninguém,

não o convidou para uma cerimónia em Belém.

Não sou advogado de defesa ou de acusação

mas o Presidente revela muito mais educação

do que este pantomineiro,

com comportamentos de imbecil,

que tem a mania que é baril.

Ele vive com a paranóia de que o possam fotografar

durante a sua actividade paralamentar

e é um dos que carrega, na procissão,

o andor do Zé Pinóquio Aldrabão.

Tendo esse santo na sua devoção,

está tudo esclarecido:

o Lello anda demasiado confundido

e não passa de um fedelho.

Quando designa alguém por foleiro,

não percebe que está a ver-se ao espelho,

por a sua mente estar povoada de nevoeiro,

devido à exagerada poluição

provocada pelo Zé Pinóquio Aldrabão.

Não há nenhuma terapia veterinária eficaz

para tantas paranóias e manias deste rapaz.

A solução, perante esta exagerada pequenez,

será darem-lhe a reforma por grande invalidez.

Consulino Desolado