Cerca de 13.000 livros reunidos por entidades oficiais e empresas vão ser doados a várias instituições dos estados membros da Comunidade de Países de Língua Portuguesa (CPLP), anunciou hoje o Ministério da Cultura de Portugal.
Como o saber não ocupa lugar, se calhar os livros vão ajudar, sobretudo todos aqueles que têm pelo menos três refeições por dia, a esquecer que há muitas barrigas vazias por essa CPLP fora.
De acordo com uma nota do gabinete do ministro da Cultura, José António Pinto Ribeiro, foram reunidos 12.844 livros pela Direcção-Geral do Livro e das Bibliotecas (DGLB) em parceria com a Imprensa Nacional/Casa da Moeda e a Parque Expo, S.A.
Cada instituição - desde escolas portuguesas da rede da CPLP, bibliotecas de escolas dos vários países membros, centros culturais, Biblioteca Nacional de Angola e a futura Biblioteca Nacional de Díli - vai receber 1.440 livros.
Ainda segundo o Ministério da Cultura, a operação conta com o apoio do Grupo Mota Engil e da Guarda Nacional Republicana (GNR), que asseguram, a título gratuito, o transporte de todos os livros para os países destinatários.
Se calhar estas entidades poderiam levar também uns quilos de fuba e de peixe seco. É que, para milhões de cidadãos lusófonos, o pão nosso de cada dia é... não ter pão.
Os livros doados abrangem diversas temáticas e todas as faixas etárias, "facultando assim às populações locais o acesso a um conjunto alargado de obras literárias", acrescenta. Estou mesmo a ver muitos dos meus meninos do Huambo, que sabem o que é uma refeição apenas por ouvir dizer, a deleitarem-se com as obras literárias oferecidas por Portugal...
A iniciativa – sublinha José António Pinto Ribeiro - integra-se na política comum para a projecção da língua e da cultura portuguesa entre os estados membros da CPLP.
Assim, os livros vão ensinar a dizer em bom português: tenho fome. Se calhar os chineses fazem melhor. Não dão livros... mas dão comida.
1 comentário:
Este mundo deve andar virado de pernas para o ar. Estes gajos pá!
Essa é uma novidade que me dá, que considero inadmissível e aberrante!
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