O “Dia do Herói Nacional” de Angola assinala-se no próximo dia 17 em homenagem, segundo os donos do poder nos país desde 1975 (o MPLA), ao primeiro presidente de Angola, António Agostinho Neto. Este ano o lema é: “Respeitemos os heróis para valorizar a nossa história”.
De acordo com uma directiva do Ministério da Administração do Território, as celebrações da efeméride, cujo acto central terá lugar na província do Namibe, vão ocorrer em todo o território nacional no período de 10 a 20 de Setembro.
A jornada compreenderá actividades políticas, culturais e recreativas, para realçar a figura e obra do primeiro presidente de Angola, no que tange o papel preponderante desempenhado na luta pela independência do país e da descolonização de África.
A libertação da Namíbia, do Zimbabwe e a supressão do sistema de apartheid então vigente na África do Sul, foram algumas das exigências defendidas por Agostinho Neto.
Nascido em 17 de Setembro de 1922, no Icolo e Bengo, a 60 quilómetros a norte de Luanda, morreu em Moscovo, capital da antiga União das Repúblicas Socialistas Soviéticas (URSS), a 10 de Setembro de 1979, por doença.
Tido como um homem de cultura e de poesia, o “Herói Nacional” fez parte da geração de estudantes africanos que viria a desempenhar um papel decisivo na independência dos seus países, naquela que ficou designada como a guerra colonial portuguesa.
Foi preso pela PIDE-DGS, antiga polícia política portuguesa, e deportado para o Tarrafal, sendo-lhe fixada residência em Portugal, de onde fugiu para o exílio. Aí assumiu a direcção do MPLA, do qual já era presidente honorário desde 1962.
Tudo isto para dizer que o MPLA é Angola e que Angola é o MPLA. E assim sendo, para se ser herói nacional existe uma condição sine qua non: ser do MPLA.
Aliás, como bem diz o eterno ministro da Defesa, Kundi Paihama, em Angola existem dois tipos de pessoas, os angolanos (os do MPLA) e os kwachas, todos os outros, estes certamente filhos de un Deus menor...
1 comentário:
E não é que em Portugal se está a passar exactamente o mesmo?!
Ou são do bloco central PS/PSD, que se vão revezando entre estes partidos e poleiro, ou então... enfim
uma miséria...
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