No próximo dia 1 Agosto os cidadãos do Protectorado Português de Cabinda, vão comemorar a data que assinala mais um aniversário da proclamação, há 35 anos, da independência do Estado Livre de Cabinda.
Foi nesse dia, em 1975, três meses antes da independência da então República Popular de Angola (país que ocupa desde então Cabinda), que os cabindas começaram a sua difícil, mas não impossível, caminhada em prol dos seus direitos.
Desde então enfrentam dois grandes inimigos. Portugal que ao não honrar os seus até então solenes e nobres compromissos, se transformou num inimigo político, e Angola que é um inimigo militar que transformou Cabinda numa colónia onde, um pouco à semelhança do que faz no resto de Angola, vigora o princípio de que até prova em contrário todos são culpados.
Muitos se recordam mas poucos têm a liberdade de consciência para o dizer. É por isso que, um pouco por todo o lado – até mesmo em Portugal – os que se atrevem a defender a causa de Cabinda são também culpados... até prova em contrário.
Recorde-se que, a partir da revolução portuguesa de 1974, Cabinda entrou por direito próprio na agenda internacional, especialmente na da então OUA (Organização de Unidade Africana, hoje União Africana), onde a FLEC contava com o apoio de alguns países africanos (Uganda, Zaire, Gabão, etc.).
Perante o cenário juridicamente correcto, em face dos tratados assinados, de uma descolonização separada dos dois territórios (Angola e Cabinda), o presidente do MPLA, Agostinho Neto, desencadeou em 1974 uma actividade diplomática intensa para persuadir os líderes africanos a retirarem da agenda da cimeira da OUA o debate previsto sobre o problema de Cabinda.
Agostinho Neto apresentava, aliás, todas as garantias de que as autoridades comunistas portuguesas que dominavam o país iriam entregar exclusivamente ao MPLA os destinos de Angola, apresentando mesmo documentos nesse sentido subscritos pelos dirigentes do Movimento das Forças Armadas (MFA).
Com o apoio do Presidente congolês, Marien Ngouabi, Agostinho Neto conseguiu que fosse arquivado o dossier Cabinda (Cf. Memorandum – 4/07/75 – conversação entre Agostinho Neto e o Embaixador soviético no Congo, Afanasenko).
O mesmo se passou em relação aos Acordos de Alvor onde, com cumplicidade activa do Almirante Vermelho, Rosa Coutinho, Alto Comissário em Angola, bem como de outras figuras de destaque, caso de Almeida Santos, Agostinho Neto afastou a FLEC de qualquer discussão do caso de Cabinda, dando como adquirido que o protectorado português era parte de Angola.
Foi todo este cenário que levou o Presidente Luís de Gonzaga Ranque Franque a declarar a independência de Cabinda. Recorde-se que, apesar dos esforços conjuntos do MPLA, Portugal, União Soviética e Cuba, alguns países reconheceram Cabinda como um país independenre. Foram os casos do Togo, Gabão, República Centro Africana, Uganda e a R. D. Congo (ex-Zaire).
E, como sempre disseram os cabindas, só é derrotado quem deixa de lutar. Não creio por isso que alguma vez os cabindas deixem de lutar. Desde logo porque só aceitam estar de joelhos perante Deus. Perante os homens, mesmo que armados até aos dentes, estarão sempre de pé.
4 comentários:
MAIS UMA VEZ, DIGO.
CABINDA LIVRE
TODO O MUNDO DEVE APOIAR CABINDA
CARLOS BRANDAÕ
ALERTO
Vimos através alertar aos amigos da VERDADE e DETERMINAÇÃO na luta de libertação do Estado de Cabinda o seguinte
1. O Governo do MPLA está gastando muito dinheiro movimentando vários oficiais criminosos para França com o objectivo de de capturar o Senhor Rodrigues Minga, porta voz da FLEC/PM e a Senhora Juliete Andrade Txiculo.
2.O Governador de Cabinda está determinado a meter fim todos os antigos dirigentes e membros da Ex.associção Mpandabala.
Povo de Cabinda LUZIBULA MESO
Vigilância,vigilância,vigilância
Toda prudência é pouca.
Cabinda a luta de libertação total é o vosso dever e direito.
Eu estou muito perto dos inimigos da vossa luta e apelo a todos de não circular muito nestes dias.
O que Deus deu ninguém pode negar. Deus deu Cabinda aos cabindas ninguém pode negar mesmo com a força.
Orai, orai sempre.
Pátria ou morte
ALERTA
Vimos através desta alertar aos cabindas e verdadeiros combatentes da luta de libertação do Estado de Cabinda que o Governo angolano dirigido pelo MPLA está movementando vários oficiais, militares, agentes de SINFO, e outros especialistas no mal com o objectivo de capturar o Senhor Rodrigues Mingas, porta voz da FLEC/PM e a Senhora Juliete Andrade Txiculo
Cuidado, acautelai-vos cabindas porque o MPLA está gastando muito dinheiro para este fim.Vários agentes indicados para esta missão estão efectuando viagens para França.
Vigilância, vigilância povo de Cabinda
Aos responsáveis da FLEC/PM não viagem muito nos paises de corrupção onde o MPLA pode fazer as suas manobras.
Vigilância,vigilância
Quem tem ouvido que ouça o que fala o Espirito Santo aos amigos da Verdade
ALERTA
O MPLA TEM PLANOS DE CAPYURAR RODRIGUES MINGAS
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