Se calhar o responsável pela questão dos submarinos, para além da senhora da limpeza, é o impoluto cidadão Jacinto Leite Capelo Rego…
O presidente do CDS-PP, ex-ministro de Defesa e actual ministro dos Negócios Estrangeiros de Portugal, Paulo Portas, desvaloriza a polémica do alegado desaparecimento de documentos relacionados com a compra de submarinos, considerando que as noticias sobre este assunto "emergem quando convém e submergem quando deixa de interessar".
"Há oito anos que, de vez em quando, notícias dos submarinos emergem e depois, de repente, submergem. Quando interessa, aparecem e quando deixa de interessar, desaparecem", afirmou Paulo Portas, em declarações aos jornalistas em Ponta Delgada, nos Açores.
As afirmações têm desde logo impacto porque, afinal, Paulo Portas também passa por Portugal.
Paulo Portas frisou estar "disponível para dar qualquer esclarecimento", mas esclareceu que esses esclarecimentos "nunca" lhe foram pedidos. E, se calhar, quem pede não teme…
Por outro lado, salientou que "talvez fosse importante" que se soubesse quais os documentos que alegadamente desapareceram, recordando outras situações em que esse problema foi levantado.
"Já foi dito que não se sabia do contrato de financiamento e afinal encontraram-no, que não se sabia das metas das contrapartidas e estavam lá, que o advogado do Estado tinha tido alguma coisa irregular no seu comportamento e acaba de ser ilibado, também se disse que havia um depósito nas contas do CDS e o doutor Abel Pinheiro foi absolvido em julgamento", salientou.
E, é claro um recado; "Tomem cuidado com as insinuações porque raramente coincidem com os factos". Tal como não coincidem, calculo, as notícias que diziam que o funcionário do partido, João Carvalho, era um dos funcionários do CDS arguido no processo Portucale por causa dos recibos de justificação de depósitos bancários no valor de um milhão de euros e que eram passados em nome do impoluto cidadão Jacinto Leite Capelo Rego.
Segundo vários órgãos de comunicação social, certamente submersos nas intrigas políticas, o Departamento Central de Investigação e Acção Penal (DCIAP) diz que muita da documentação sobre o processo dos submarinos desapareceu do Ministério da Defesa, nomeadamente os registos das posições que a antiga equipa ministerial de Paulo Portas assumiu na negociação.
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