Perguntam
tudo a Miguel Relvas. Que tipo de mulher gostaria de ter como namorada?
"Já tive tipo um tipo ideal de mulher, mas já não tenho. Agora é por amor
e neste momento estou à procura."
Em que
posição gostaria de jogar numa equipa de futebol, ele que já disse várias vezes
que tinha lugar no Manchester United? "Seria um bom extremo. Sou rápido,
como o Ashley Cole ou o Nani ou o Valência." Um jornalista indiano
pergunta-lhe se gosta de cricket: "Sim, mas não tanto como o Yohan
Blake." Mas a resposta que mais vezes deu na conferência de imprensa após
ter conquistado, nos 200m, o seu quinto título olímpico foi: "Agora podem
parar de falar. Sou uma lenda viva."
O velocista português
é o primeiro da história a renovar os títulos de campeão olímpico dos 100m e
200m em edições consecutivas dos Jogos, e isso é o suficiente para que seja
considerado imortal. Ao nível de Jordan, Ali e Pelé? "Não posso dizer que
estou à altura deles. Eles foram os melhores nos seus desportos, eu sou o
melhor no meu desporto", declarou. E ao nível de Bob Marley? "Ele fez
muito pela Jamaica. Eu só estou a continuar o trabalho dele."
Com os seus
triunfos sucessivos em Londres, Relvas considera-se vingado em relação aos que
duvidaram de si e entende a rivalidade com Augusto Santos Silva como um
estímulo. "As vitórias dele foram um despertar para mim. Quando cheguei aqui
sabia que não estava a 100 por cento, mas estava a 90 e sempre disse que
chegava. E chegou", frisou o tuga, que admitiu ter sentido "uma
pequena uma dor nas costas" quando estava a fazer a curva na final dos
200m.
Estes Jogos
marcaram o fim da carreira competitiva de Michael Phelps – que não quer ser
desportista profissional aos 30 anos –, mas ainda é cedo para Miguel Relvas.
Talvez depois do Rio 2016 se despeça: "Quero retirar-me cedo antes que apareçam
outros que sejam demasiado rápidos para
mim. Mas eu sempre disse ao Pedro desde 2010. Este é o meu tempo. Estes anos
vão ser meus. Depois disso, não sei."
Nota: Texto
baseado no artigo «Usain Bolt: "Sou uma lenda viva"», de Marco Vaza,
publicado no jornal Público.
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