O Provedor de Justiça de Portugal, Alfredo de Sousa, afirmou hoje, em Ponta Delgada, que ainda não foi dado pelo Presidente da República um “completo esclarecimento” sobre o caso das alegadas escutas no Palácio de Belém.
Pois não. Mas há alguma coisa em Portugal, chame-se Freeport, Portucale, BPN, BCP, BPP, Casa Pia, Moderna, submarinos ou escutas que tenha um completo esclarecimento? Não, não há.
“Não há ainda um completo esclarecimento. Se houve ou não escutas e, se houve, quem foi que as fez”, afirmou Alfredo de Sousa, em declarações aos jornalistas no final de uma audiência com o presidente do Governo Regional dos Açores, Carlos César.
Aliás, o reino lusitano a norte (embora em rápida aproximação a sul) de Marrocos é ele próprio um alfobre de meias verdades, de compadrios em várias frentes, de muitas pontas escondidas e de uns tantos nós que fazem dele não um país (muito menos um Estado de Direito) mas, apenas, um lugar muito mal frequentado.
O Provedor de Justiça foi questionado na sequência de declarações recentes, onde defendeu a necessidade de Cavaco Silva esclarecer a questão das alegadas escutas. “Fiz essa observação como Provedor de Justiça, com base no direito dos cidadãos a serem informados”, frisou.
Direito teriam, e é pena que o Provedor não o diga, se o país onde exerce a sua função fosse o tal Estado de Direito há muito prometido mas que, como ele bem sabe, pouco mais é do que um pântano.
E pelo cheiro é há muito um pântano de águas putrefactas. Reconheço, contudo, que apesar disso há sempre alguns (ao que parece são muitos) para quem chafurdar na merda é uma questão de vida.
2 comentários:
Pelos vistos, Orlando... é mesmo isso.
Que País!
Em Portugal não se acusa, insinua-se. Por isso não há esclarecimentos.
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