quarta-feira, julho 07, 2010

E assim continua o prostíbulo político
do reino lusitano a norte de Marrocos

O dirigente do PSD, Miguel Relvas, considerou hoje, reagindo a criticas do PS, que a política não pode “baixar de nível” insistindo que os políticos portugueses devem dar uma melhor imagem, mesmo em situações de “desespero”.

Quem dá o que tem a mais não é obrigado. E os políticos portugueses não podem dar o que não têm. E se não têm nem imagem, nem conteúdo, nem honorabilidade... o bacanal vai continuar.

“A política não pode baixar a um nível mesmo que o desespero o justifique. É altura do PS regressar à tranquilidade e naturalidade que a vida pública exige a um partido que alinda tem responsabilidades de governo”, afirmou Miguel Relvas à Lusa em Navacerra, Espanha.

“A vida pública tem que manter um certo nível de educação e de equilíbrio em que os responsáveis públicos devem medir as palavras”, acrescentou o dirigente do PSD.

Zangaram-se as comadres? Ficou desfeita a dupla lusitana condidata ao campeonato do mundo de tango? Não. Nada disso. São arrufos típicos de quem é feito com fuba do mesmo saco.

Miguel Relvas reagia assim a declarações de Vitalino Canas, do PS, que acusou hoje o líder do PSD de ter feito declarações de elevada gravidade em Madrid, ajoelhando-se aos interesses de uma empresa espanhola, a Telefónica, contra o interesse nacional através da PT.

De joelhos, de cócoras, com a mão, com a boca, de pé ou na horizontal... é o reino lusitano no seu melhor.

"É grave que o presidente do PSD, em vez de ter procurado em Madrid coordenar respostas contra a crise, tenha antes procurado salvaguardar os interesses de uma empresa espanhola contra os interesses de Portugal", afirmou Vitalino Canas, acrescentando que Pedro Passos Coelho, em Madrid, "ajoelhou-se aos interesses de uma empresa espanhola contra o interesse nacional".

Ao contrário do que diz o PS, também nesta questão prostibular o mercado é global e cada um ajoelha-se perante quem quer.

Questionado sobre se considera que o PS está desesperado, Miguel Relvas afirmou que “está a passar-se um limite no debate da vida pública que não é aceitável”.

“Não é bom para a democracia nem para a imagem dos políticos, que têm a responsabilidade de ser um exemplo. Não são bons exemplos que estamos a dar à sociedade portuguesa”, afirmou.

É claro que são bons exemplos. São, aliás, o que de mais puro a democracia portuguesa pariu nos últimos anos.

Por alguma razão um deputado socialista (Ricardo Rodrigues) rouba gravadores aos jornalistas; o primeiro-ministro (José Sócrates) diz a um deputado: "Manso é a tua tia, pá!"; um ministro (Manuel Pinho) faz uns cornos para outro deputado ou, no Parlamento, se fala de “espionagem política”, “sujeira”, “coscuvilhice” e “política de fechadura”...

1 comentário:

Anónimo disse...

Porque em alguns dias precisamos de acreditar fui ao sotão e redescobri isto...

SE

Se és capaz de manter tua calma, quando,
todo mundo ao redor já a perdeu e te culpa.
De crer em ti quando estão todos duvidando,
e para esses no entanto achar uma desculpa.

Se és capaz de esperar sem te desesperares,
ou, enganado, não mentir ao mentiroso,
Ou, sendo odiado, sempre ao ódio te esquivares,
e não parecer bom demais, nem pretensioso.

Se és capaz de pensar - sem que a isso só te atires,
de sonhar - sem fazer dos sonhos teus senhores.
Se, encontrando a Desgraça e o Triunfo, conseguires,
tratar da mesma forma a esses dois impostores.

Se és capaz de sofrer a dor de ver mudadas,
em armadilhas as verdades que disseste
E as coisas, por que deste a vida estraçalhadas,
e refazê-las com o bem pouco que te reste.

Se és capaz de arriscar numa única parada,
tudo quanto ganhaste em toda a tua vida.
E perder e, ao perder, sem nunca dizer nada,
resignado, tornar ao ponto de partida.

De forçar coração, nervos, músculos, tudo,
a dar seja o que for que neles ainda existe.
E a persistir assim quando, exausto, contudo,
resta a vontade em ti, que ainda te ordena: Persiste!

Se és capaz de, entre a plebe, não te corromperes,
e, entre Reis, não perder a naturalidade.
E de amigos, quer bons, quer maus, te defenderes,
se a todos podes ser de alguma utilidade.

Se és capaz de dar, segundo por segundo,
ao minuto fatal todo valor e brilho.
Tua é a Terra com tudo o que existe no mundo,
e - o que ainda é muito mais - és um Homem, meu filho!


Rudyard Kipling
Tradução de Guilherme de Almeida


Ab

Fino