O despertar da consciência dos portugueses para um debate sobre a identidade nacional é o objectivo central do primeiro número da revista Nova Águia, à venda a partir de 19 de Maio, anunciou a direcção da nova publicação.
"Queremos contribuir para despertar as consciências sobre a identidade nacional", afirmou Paulo Borges, um dos directores da revista, que pretende retomar o espírito da Águia, uma das mais importantes publicações portuguesas do início do século XX.
Segundo Paulo Borges, que falava na apresentação do primeiro número da Nova Águia, existe uma relação entre a situação em que o país se encontrava no início do século XX e aquela em que se encontra actualmente, no princípio do século XXI.
"Na altura, como agora, existia alguma indefinição quanto ao rumo da Nação, um certo sentimento de desalento. A Nova Águia pretende apontar algumas respostas nesse sentido, contribuindo para repensar a ideia de Pátria", afirmou.
A Ideia de Pátria é, aliás, o tema central do primeiro número, que conta com dezenas de textos e poemas sobre o assunto.
Ao longo das mais de 150 páginas da revista podem ser lidos também outros textos e poemas de autores variados, além de um inédito de Agustina Bessa-Luís, intitulado `O fantasma que anda no meu jardim`.
"Pretendemos assumidamente relançar a revista Águia, naturalmente adaptando-a ao nosso tempo. Nesse sentido, procuramos agrupar os grandes vultos da cultura portuguesa para que se debrucem sobre temas actuais", salientou Renato Epifânio, também director da revista.
Nesse sentido, revelou que o segundo número, que será publicado antes do final do ano, será dedicado ao futuro da lusofonia.
A Nova Águia, com periodicidade semestral, será lançada a 19 de Maio, no Porto, seguindo-se depois sessões de lançamento em vários pontos do país.
"A Águia surgiu em 1910 no Porto, pelo que nos pareceu ser um justo tributo lançar a Nova Águia também no Porto, frisou Celeste Natário, que completa o trio de directores da nova publicação.
A Nova Águia terá uma tiragem inicial de cerca de 3.000 exemplares e será vendida a 12 euros o exemplar, podendo ser adquirida especialmente em livrarias.
A capa do primeiro número é da autoria do escultor José Rodrigues, um dos mais de 500 nomes da cultura lusófona que já aderiram a este projecto, tornando-se assinantes da revista.
1 comentário:
Aproveito para felicitar este post bem como o blog e o seu autor. Abraço d´ A SEIVA
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