quarta-feira, maio 07, 2008

Se Timor espera aprender com os PALOP
o melhor é esperar sentado... e à sombra

O Governo angolano, segundo a agência oficial de propaganda do regime (AngolaPress) reafirmou, em Luanda, o seu apoio à cooperação política entre os Países Africanos de Língua Oficial Portuguesa (PALOP) e Timor-Leste, visando buscar resultados que ajudem a promover o desenvolvimento dos respectivos Estados.

(Ao que parece, o músico e activista Bob Geldof, será escolhido por Luanda como principal mensageiro e especialista na promoção do desenvolvimento…)

A posição de Angola foi manifestada pela ministra do Planeamento, Ana Dias Lourenço, quando discursava na abertura da VI Reunião dos Ministros dos PALOP, Timor-Leste e Comissão Europeia.

"A República de Angola continua empenhada em dar todo o seu apoio para que a cooperação PALOP/Timor-Leste alcance os resultados que ajudem a promover o desenvolvimento dos PALOP e Timor-Leste", assegurou a ministra angolana, acrescentando que a cooperação entre os parceiros tem sido um elemento de destaque nas suas relações.

O Programa Indicativo Regional (PIR) que, ao longo de 15 anos, mobilizou o apoio da União Europeia, no âmbito do 7º, 8º e 9º Fundo Europeu de Desenvolvimento, tem sido um importante instrumento de regulação da cooperação, proporcionando o desenvolvimento dos PALOP em vários domínios.

.O actual nível de cooperação entre os PALOP, Timor-Leste e a Comissão Europeia , de acordo com a ministra angolana, leva a que se proceda a uma análise dos aspectos práticos da programação da cooperação do 10º FED e dos seus mecanismos de implementação e gestão.

O encontro anterior, realizado em São Tomé e Príncipe, em Maio de 2007, recomendou a realização de um estudo, visando a identificação de áreas de intervenção, susceptíveis de se enquadrarem na área da “Boa Governação”, que deverá constituir a principal área da cooperação PALOP, Timor-Leste/CE do 10º FED.

Criado pelo Tratado de Roma de 1958, o FED é o principal instrumento do apoio à cooperação para o desenvolvimento dos países de África, Caraíbas e Pacífico (ACP), financia projectos que contribuam para o desenvolvimento económico, social ou cultural dos países abrangidos.

Até agora, com raras excepções, tem servido para ajudar os poucos que têm milhões a ter mais alguns milhões. Quanto aos milhões que têm pouco, esses continuarão a ter pouco… ou nada
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