quarta-feira, maio 28, 2008

Sinergias para todos os gostos e feitios

À convergência das partes de um todo que concorrem para um mesmo resultado chama-se sinergia. Hoje em Portugal, numa altura em que pela mão de José Sócrates o país parece ter descoberto a pólvora, as sinergias afiguram-se como um milagroso remédio que tudo cura, nem que isso signifique engordar a conta bancária dos poucos que têm milhões em detrimento dos muitos milhões que têm cada vez menos.

Numa actividade “sinergética” todos os meus neurónios convergem no sentido de me dizerem que, mais uma vez, o mexilhão é que se vai lixar.

Mas talvez não seja bem assim. Creio, pelo menos em teoria, que – por exemplo – os deputados portugueses convergem todos no sentido de dotar o país com melhores leis.

Assim, usando a sinergia parlamentar, creio que o país (refiro-me a Portugal) poderia ter menos deputados, sem que isso signifique perda de trabalho. Antes pelo contrário.

É tudo uma questão se sinergia de grupo.Ou seja, quando o PSD tivesse alguma dificuldade na análise económica contaria com o apoio de um deputado do BE.

Nada mais do que racionalizar as sinergias do grupo, neste caso dos deputados.

No caso do CDS ter falta de gente para analisar a compra de submarinos sempre podia, apelando à sinergia do grupo de deputados, contar com uma ajudinha do PC.

Nesta altura o único que não tem problemas, e que até poderia governar o país em regime de partido único, é o PS, mas creio que mesmo assim não enjeitaria uma mãozinha dos Verdes.

Sou, portanto, a favor das sinergias de grupo, desde que o exemplo parta de cima, ou seja da Presidência da República, do Parlamento, do Governo e por aí abaixo.

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