Hoje, sejam a empresas do Estado ou privadas, o ambiente é de valorização exponencial do aparente, do faz de conta, do travesti profissional que veste a farda que mais jeito dá ao capataz que está acima.
Não admira por isso que, na eventualidade (rara, raríssima) de alguém questionar o veredicto superior (tão superior quanto a sua similitude com os camaleões) corre o risco de ver a avaliação reduzida ainda mais. Reduções, é claro, proporcionais às vezes que ousar questionar o dono da verdade.
O presente é, ou parece ser, de todos aqueles que às segundas, quartas e sextas são do PS, às terças, quintas e sábados do PSD e ao domingo negoceiam com o PC, com o BE e com o CDS.
Pelo meio deste circuito aparecem sempre os sipaios que acalentam a esperança de um dia serem chefes de posto e que, no cumprimento de ordens superiores, passam ao papel a avaliação pré-determinada, mesmo que no lugar da assinatura tenham de pôr a impressão… digital.
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