Mais de 300 empresários e representantes dos países lusófonos e da China vão explorar oportunidades de negócio durante dois dias na Cidade da Praia, no IV Encontro para a Cooperação Económica e Comercial. E lá temos Pequim a mostrar como se faz. Ainda bem.
O encontro entre chineses e países de língua portuguesa (Encontro de Empresários para a Cooperação Económica e Comercial entre a China e os Países de Língua Portuguesa), de quarta a sexta-feira da próxima semana, é possivelmente o maior encontro do género já realizado em Cabo Verde e tem confirmada a presença de todos os países de língua portuguesa, além da China e de Macau.
O encontro empresarial, que já decorreu em Luanda, em Lisboa e em Maputo, surgiu de um protocolo celebrado em Macau em Outubro de 2003, assinado pelos organismos de promoção dos vários países.
“O interesse é facilitar o contacto entre pequenas e médias empresas para identificar nichos de mercado e intensificar relações comerciais”, explicou hoje Alexandre Fontes, o presidente da Cabo Verde Investimentos, a entidade que está a organizar o encontro da Cidade da Praia.
Manuel Rosa, secretário-geral adjunto do Fórum Macau, explicou também hoje, em conferência de imprensa, que “aproveitando a plataforma que é Macau, decidiu-se criar mecanismos que favoreçam as relações comerciais com a China”, tendo sido verificado que “a cada reunião que se faz” o comércio envolvendo os vários países “tem vindo a crescer”.
Manuel Rosa salientou a “grande vantagem económica” que é negociar com países como a China ou o Brasil, sendo que Cabo Verde pode servir de plataforma de comércio destes países e de países europeus com o continente africano.
“Cabo Verde pode ser uma plataforma de trocas comerciais a partir da China”, salientou de igual modo Alexandre Fontes.
Quinta-feira, o administrador executivo da Agência Portuguesa para o Investimento e Comércio Externo (AICEP), Renato Homem, disse no Porto que “Portugal pode ser uma espécie de plataforma entre continentes”, por estar na Europa mas por ter boa posição para transacções com África, Estados Unidos e Brasil.
O responsável pela Cabo Verde Investimentos admite que quer a China quer Portugal, através do AICEP, possam ter interesses estratégicos em Cabo Verde para do arquipélago chegarem a mercados africanos no continente, mas considera que esses interesses “serão complementares”, porque o tipo de produtos que Portugal oferece é diferente do da China.
Além da AICEP, estarão em Cabo Verde, entre outros, a APEX (Agência Brasileira de Promoções e Exportações), a Câmara de Comércio e Indústria de Angola e o IPEX (Instituto de Promoção e Exportações) de Moçambique.
Presentes também o CCPIT (Conselho de Promoção do Comércio Internacional da China) e IPIM (Instituto de Promoção do Comércio e do Investimento de Macau), além do secretário-geral do Fórum para a Cooperação Económica e Comercial entre a China e os países de língua portuguesa (Angola, Brasil, Cabo Verde, Guiné-Bissau, Moçambique, Portugal, São Tomé e Príncipe e Timor-Leste) .
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