De acordo com o Jornal Digital (JD), Gabriel Nhemba «Pirilampo» foi torturado e assassinado depois de ter sido «raptado» em Ponta Negra, República do Congo, na noite de 2 de Março.
Segundo fontes em Ponta Negra, citadas pelo JD, o corpo de «Pirilampo», Chefe de Estado Maior da FLEC/FAC, está na Casa Mortuária de Ponta Negra e apresenta sinais de tortura.
O corpo baleado de «Pirilampo» terá sido encontrado por populares congoleses na aldeia de Tanda na região fronteiriça de Massabi, entre o Congo Brazzaville e Cabinda.
Por diversas vezes aqui foi dito que o Governo de Angola tinha obtido a anuência dos países da região, nomeadamente da República do Congo, para esquecer as fronteiras e levar a operação de limpeza até onde fosse necessário, sobretudo em relação aos cidadãos que vivem na colónia angolana de Cabinda.
Foi exactamente com esse enquadramento que militares de Angola não só prenderam, raptaram, torturaram e assassinaram Gabriel Nhemba «Pirilampo», pouco importando se o fizeram num outro país.
Que os militares coloniais de Angola andavam, entre outros, à caça de «Pirilampo» já se sabia. Também já se sabia que o iriam fazer onde fosse preciso. Foi no Congo como poderia ser em qualquer outro país, não faltando nesta altura quem esteja disposto a ajudar o regime angolano a consumar, pela força, a tese de que Angola vai de Cabinda ao Cunene.
A morte, com tortutura, de «Pirilampo» surge, curiosamente, depois de ele ter reivindicado uma operação militar na estrada que liga Buco Zau a Dinje, onde foram mortos um coronel e um tenente coronel das Forças Armadas ocupantes, bem como dois outros militares.
Recorde-se que, segundo a versão oficial da potência colonial, esses militares morreram num mero acidente de viação. Se calhar, digo eu, o mesmo que terá morto – com tortura - Gabriel Nhemba «Pirilampo».
Do ponto de vista do regime colonial angolano, tudo o que a FLEC faça, tal como tudo o que os cabindas pensam, enquadra-se (com a cobarde cobertura internacional) na designação de terrorismo.
É, aliás, a mesma técnica que a anterior potência colonial de Angola usava para qualificar as acções armadas do MPLA contra Portugal durante o período colonial.
Embora sem a expressão de outros tempos, a guerrilha em Cabinda vai fazendo o que pode, procurando que as forças ocupantes (Angola), bem como a comunidade internacional, percebam que é preciso arranjar uma solução política. Mas como o diálogo só é válido entre quem está no poder, independentemente das razões, a solução terá de passar pelos ataques, pelos feridos, pelos mortos.
«Pirilampo» é apenas mais uma vítima do regime angolano. Por alguma razão José Eduardo dos Santos, presidente do MPLA (partido que governa Angola desde 1975) e da República não eleito e há 32 anos no poder, continua a exigir dos seus militares as acções necessárias para que nem as moscas ousem voar.
O corpo baleado de «Pirilampo» terá sido encontrado por populares congoleses na aldeia de Tanda na região fronteiriça de Massabi, entre o Congo Brazzaville e Cabinda.
Por diversas vezes aqui foi dito que o Governo de Angola tinha obtido a anuência dos países da região, nomeadamente da República do Congo, para esquecer as fronteiras e levar a operação de limpeza até onde fosse necessário, sobretudo em relação aos cidadãos que vivem na colónia angolana de Cabinda.
Foi exactamente com esse enquadramento que militares de Angola não só prenderam, raptaram, torturaram e assassinaram Gabriel Nhemba «Pirilampo», pouco importando se o fizeram num outro país.
Que os militares coloniais de Angola andavam, entre outros, à caça de «Pirilampo» já se sabia. Também já se sabia que o iriam fazer onde fosse preciso. Foi no Congo como poderia ser em qualquer outro país, não faltando nesta altura quem esteja disposto a ajudar o regime angolano a consumar, pela força, a tese de que Angola vai de Cabinda ao Cunene.
A morte, com tortutura, de «Pirilampo» surge, curiosamente, depois de ele ter reivindicado uma operação militar na estrada que liga Buco Zau a Dinje, onde foram mortos um coronel e um tenente coronel das Forças Armadas ocupantes, bem como dois outros militares.
Recorde-se que, segundo a versão oficial da potência colonial, esses militares morreram num mero acidente de viação. Se calhar, digo eu, o mesmo que terá morto – com tortura - Gabriel Nhemba «Pirilampo».
Do ponto de vista do regime colonial angolano, tudo o que a FLEC faça, tal como tudo o que os cabindas pensam, enquadra-se (com a cobarde cobertura internacional) na designação de terrorismo.
É, aliás, a mesma técnica que a anterior potência colonial de Angola usava para qualificar as acções armadas do MPLA contra Portugal durante o período colonial.
Embora sem a expressão de outros tempos, a guerrilha em Cabinda vai fazendo o que pode, procurando que as forças ocupantes (Angola), bem como a comunidade internacional, percebam que é preciso arranjar uma solução política. Mas como o diálogo só é válido entre quem está no poder, independentemente das razões, a solução terá de passar pelos ataques, pelos feridos, pelos mortos.
«Pirilampo» é apenas mais uma vítima do regime angolano. Por alguma razão José Eduardo dos Santos, presidente do MPLA (partido que governa Angola desde 1975) e da República não eleito e há 32 anos no poder, continua a exigir dos seus militares as acções necessárias para que nem as moscas ousem voar.
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