O primeiro-ministro de Portugal afirmou hoje (amanhã, tal como ontem, dirá o contrário) que Governo e o PS estão disponíveis para discutir o Programa de Estabilidade e Crescimento (PEC) na Assembleia da República, mas nada farão para precipitar uma votação e abrir uma crise política.
Como sempre, o sumo pontífice socialista é o bom da história que ele próprio vai escrevendo, convicto de que os portugueses são burros e não têm memória. Todos sabemos que, nesta altura, eles têm mais barriga... vazia do que memória, mas mesmo assim não são o que José Sócrates gostava que fossem.
“Pela nossa parte, nada será feito que tenda a provocar uma crise política. O que nós vamos fazer é permitir que a Assembleia da República discuta as linhas gerais do futuro PEC”, disse José Sócrates, permitindo assim – ou não fosse ele de uma casta superior – que os vassalos discutam o que já foi consumado.
Neste contexto, José Sócrates vincou que “já disse que uma rejeição explícita do PEC teria o efeito de não permitir que o Governo se apresente internacionalmente para suportar um programa e um compromisso”.
“Pela nossa parte, nada será feito que tenda a provocar uma crise política. O que nós vamos fazer é permitir que a Assembleia da República discuta as linhas gerais do futuro PEC”, disse José Sócrates, permitindo assim – ou não fosse ele de uma casta superior – que os vassalos discutam o que já foi consumado.
Neste contexto, José Sócrates vincou que “já disse que uma rejeição explícita do PEC teria o efeito de não permitir que o Governo se apresente internacionalmente para suportar um programa e um compromisso”.
Ou seja, Sócrates assume que há um compromisso assumido (embora à revelia do Parlamento e do presidente da República), mas mesmo assim quer vestir a pele de cordeiro para passar incólume pelo meio da carneirada.
“Isso seria muito negativo e inviabilizaria a posição de um Governo que pretende defender o seu país no plano internacional e não tem condições para o fazer. Agora, espero que o bom senso prevaleça, que haja responsabilidade e que os partidos não atirem o nosso país para uma crise política, que é uma aventura”, disse o dententor da verdade, mostrando que não basta ser secretário-geral do PS, ou primeiro-ministro, para ser sério.
“Parece-me que nos devemos comportar por forma a que a decisão da Assembleia da República seja discutir o PEC e não contribuiremos de nenhuma forma para que uma decisão do Parlamento provoque uma crise política”, acentuou, convicto de que – como na passado recente – uma mentira dita muitas vezes acabará por ser, pelo menos, meia verdade.
Se o veredicto socialista já foi dado, nomeadamente perante quem exerce o direito de protectorado sobre Portugal, a Alemanha, que adianta discutir?
E se não adianta discutir, e perante a impossibilidade de mudarem de país, os portugueses terão necessariamente de mudar de políticos, fazendo deles o mesmo uso – e pelas mesmas razões – dado às fraldas.
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