Foi lá longe (lá longe onde a saudade castiga mais), onde nasci em 1954 e vivi até 1975, que aprendi que devo ser o que sou e não o que os outros querem que eu seja. Tem sido uma tarefa complicada, tão forte é a pressão dos que nos querem acéfalos, autómatos e, como se isso não bastasse, invertebrados também. Mas quem em Angola nasceu direito, tarde ou nunca se entorta.
Subscrever:
Enviar feedback (Atom)
2 comentários:
Parabéns! :)
Terra vermelha do Lépi és minha mãe
Mãe-Terra que aos filhos dá
mais do que a vida uma razão
Razão de águia
águia transformada
no soba dos espaços
e das espinheiras cruas.
Terra vermelha do Lépi
calma sombra das mangueiras
sobre o chão vermelho
rocha negra do saber de ferro
a água sabe à voz materna
Águia de pedra
embala onde sentaram
régios Mussindas de vento
em gerações de luar
gritando ao vale profundo
aos muxitos
e ás mulembas velhas
a superfície larga do barro
do corpo negro dos filhos
A terra é sempre a mesma
o resto dirão os homens!
- Costa Andrade, Mãe-Terra
Só que isto está mais a sul, na Leba com vista para a Tundavala!
E venham mais 54 colunas direitas!
Um forte Kandandu meu caro
Eugénio Almeida
Enviar um comentário