A Embaixada de Angola em Lisboa repudiou, como lhe competia e depois de receber indicações de Luanda, as declarações proferidas numa conferência na capital portuguesa pelo músico e activista Bob Geldof, segundo o qual "Angola é gerida por criminosos".
"Face às afirmações injuriosas sobre a República de Angola e seus dirigentes proferidas pelo Senhor Bob Geldof, no decurso de uma conferência sobre desenvolvimento sustentável organizada pelo jornal Expresso e pelo Banco Espírito Santo, vem esta Embaixada manifestar o seu total repúdio pelo conteúdo das mesmas", adianta o comunicado divulgado em Lisboa.
Também o Banco Espírito Santos (pudera!) se demarcou de uma dura afirmação que, afinal, todos sabem ser verdadeira, embora politicamente inoportuna. Tão politicamente inoportuna como são, aliás, todas as verdades.
Bob Geldof disse, por exemplo, que "as casas mais ricas do mundo estão [a ser construídas] na baía de Luanda” e que são mais caras do que em Chelsea e Park Lane". É mentira? Não. É verdade. Tão simples quanto isso.
Tão verdade como a esmagadora maioria dos angolanos viver na miséria.
A Embaixada de Angola em Lisboa considera que houve "manifesta má fé das palavras proferidas", destacando "o teor infundado das mesmas" e "o desconhecimento do esforço que o Estado angolano tem vindo a fazer para melhorar as condições de vida das populações".
Por muito que eu diga o contrário, se eu andar de Ferrari, comer e vestir do melhor, viver numa boa casa e tiver os meus filhos a viver debaixo da ponte, a morrer à fome, eles só poderão dizer que o pai é um criminoso.
Não adiante alegar que estou a fazer um esforço para os retirar da miséria. O esforço, a existir, deve começar debaixo para cima. Do Povo para os dirigentes, e não ao contrário, como acontece em Angola.
Para a Embaixada, o "desconhecimento" de Geldof pode levar a que, "irresponsavelmente, alguém que devia medir bem o peso das suas afirmações coloque em causa a honorabilidade de terceiros", refere o comunicado.
Quem, como a maioria dos dirigentes do regime ditatorial angolano (MPLA), valoriza e engorda os poucos que têm milhões e não os muitos milhões que têm pouco ou nada, só pode ser chamado, no mínimo, de criminoso.
"Face às afirmações injuriosas sobre a República de Angola e seus dirigentes proferidas pelo Senhor Bob Geldof, no decurso de uma conferência sobre desenvolvimento sustentável organizada pelo jornal Expresso e pelo Banco Espírito Santo, vem esta Embaixada manifestar o seu total repúdio pelo conteúdo das mesmas", adianta o comunicado divulgado em Lisboa.
Também o Banco Espírito Santos (pudera!) se demarcou de uma dura afirmação que, afinal, todos sabem ser verdadeira, embora politicamente inoportuna. Tão politicamente inoportuna como são, aliás, todas as verdades.
Bob Geldof disse, por exemplo, que "as casas mais ricas do mundo estão [a ser construídas] na baía de Luanda” e que são mais caras do que em Chelsea e Park Lane". É mentira? Não. É verdade. Tão simples quanto isso.
Tão verdade como a esmagadora maioria dos angolanos viver na miséria.
A Embaixada de Angola em Lisboa considera que houve "manifesta má fé das palavras proferidas", destacando "o teor infundado das mesmas" e "o desconhecimento do esforço que o Estado angolano tem vindo a fazer para melhorar as condições de vida das populações".
Por muito que eu diga o contrário, se eu andar de Ferrari, comer e vestir do melhor, viver numa boa casa e tiver os meus filhos a viver debaixo da ponte, a morrer à fome, eles só poderão dizer que o pai é um criminoso.
Não adiante alegar que estou a fazer um esforço para os retirar da miséria. O esforço, a existir, deve começar debaixo para cima. Do Povo para os dirigentes, e não ao contrário, como acontece em Angola.
Para a Embaixada, o "desconhecimento" de Geldof pode levar a que, "irresponsavelmente, alguém que devia medir bem o peso das suas afirmações coloque em causa a honorabilidade de terceiros", refere o comunicado.
Quem, como a maioria dos dirigentes do regime ditatorial angolano (MPLA), valoriza e engorda os poucos que têm milhões e não os muitos milhões que têm pouco ou nada, só pode ser chamado, no mínimo, de criminoso.
1 comentário:
Está a esquecer-se da vergonha que é a agência de notícias portuguesa, ter vindo desmentir a sua própria notícia.
Aqui fica o texto:
CORRECÇÃO ÀS NOTÍCIAS COM OS TÍTULOS "Desenvolvimento: 'Angola é gerida por criminosos' - Bob Geldof" e "Desenvolvimento: 'Angola é gerida por criminosos' ... (ACTUALIZADA)"
Correcção ao primeiro parágrafo
Onde se lê:
"Lisboa, 06 Mai (Lusa) - O músico e activista Bob Geldof afirmou hoje em Lisboa que Angola é um país "gerido por criminosos", palavras que levaram o embaixador angolano na capital portuguesa a abandonar a sala."
Leia-se:
"Lisboa, 06 Mai (Lusa) - O músico e activista Bob Geldof afirmou hoje em Lisboa que Angola é um país "gerido por criminosos".
Correcção ao segundo parágrafo
Onde se lê:
"Bob Geldof falava esta manhã no Hotel Pestana Palace, em Lisboa, na conferência sobre Desenvolvimento Sustentável, organizada pelo Banco Espírito Santo e jornal Expresso, dedicando uma intervenção de cerca de vinte minutos ao tema "Fazer a diferença", no fim da qual o embaixador angolano, Assunção dos Anjos, abandonou a sala."
Leia-se:
"Bob Geldof falava esta manhã no Hotel Pestana Palace, em Lisboa, na conferência sobre Desenvolvimento Sustentável, organizada pelo Banco Espírito Santo e jornal Expresso, dedicando uma intervenção de cerca de vinte minutos ao tema 'Fazer a diferença'"
Eliminação do penúltimo parágrafo, onde se lia:
"A assistir ao discurso estavam dezenas de pessoas, entre as quais os embaixadores do Reino Unido, da Irlanda, de Marrocos, da Argélia e de Angola, que abandonou o local após as palavras de Geldof e antes do fim de todas as intervenções da conferência e do almoço que se seguiu."
...
NVI/EL/HB
Lusa/Fim
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