quarta-feira, fevereiro 25, 2009

Em Portugal é vital pensar, na horizontal
ou de joelhos, apenas e só com a barriga!

Por alguma razão há cada vez mais “jornalistas” a pensar com a barriga. E, se calhar, até fazem bem. Basta olhar para o que ganham na RTP, a televisão pública (paga por nós), Judite de Sousa (14.720 euros), José Alberto de Carvalho (15.999 euros) ou José Rodrigues dos Santos (14.644 euros).

Além disso, o Presidente da República, Cavaco Silva, recebe mensalmente o salário ilíquido de 10.381 euros e o primeiro-ministro, José Sócrates, recebe 7.786 euros.

Mas numa empresa onde não há crise, sucedem-se os exemplos de como pensar com a barriga é fácil, é barato e dá milhões:

Director de Programas, José Fragoso: 12.836 euros; Directora de Produção, Maria José Nunes: 10.594; Pivôt João Adelino Faria: 9.736; Director Financeiro, Teixeira de Bastos: 8.500; Director de Compras, Pedro Reis: 5.200; Director do Gabinete Institucional, Afonso Rato: 4.000; Paulo Dentinho, jornalista: 5.330; Rosa Veloso, jornalista: 3.984; Ana Gaivotas, relações públicas: 3.984; Rui Lagartinho, repórter: 2.530; Rui Lopes da Silva, jornalista: 1900; Isabel Damásio, jornalista: 2.450; Patrícia Galo, jornalista: 2.846; Maria João Gama, RTP Memória: 2.350; Ana Fischer, ex-directora do pessoal: 5.800; Margarida Neves de Sousa, jornalista: 2.393; Helder Conduto, jornalista: 4.000; Ana Ribeiro, jornalista: 2.950; Marisa Garrido, directora de pessoal: 7.300; Jacinto Godinho, jornalista: 4.100; Patrícia Lucas, jornalista: 2.100; Anabela Saint-Maurice: 2.800; Jaime Fernandes, assessor da direcção: 6.162; João Tomé de Carvalho, pivôt: 3.550; António Simas, director de meios: 6.200; Alexandre Simas, jornalista nos Açores: 4.800; António Esteves Martins, jornalista em Bruxelas: 2.986 (sem ajudas); Margarida Metelo, jornalista: 3.200.

Que uma parte do mundo dos media portugueses, onde supostamente deveriam também, ou sobretudo, trabalhar jornalistas, está pelas ruas da amargura (serão até mais córregos do que ruas) já não é novidade para ninguém.

A verdade, contudo, é que grande parte da culpa, se não mesmo a quase totalidade, é dos chamados jornalistas, uma espécie profissional cada vez mais semelhante às alternadoras (ou, como agora se diz, alternadeiras) que a troco de uns cobres vão para onde der mais jeito, apunhalam colegas (quase sempre pelas costas) e tanto “trabalham” na hoizontal como de joelhos.

Também nesta profissão não basta ser sério. É preciso parecê-lo. Ora, o que mais acontece, é que os jornalistas (há, obviamente algumas boas e louváveis excepções) não são sérios mas querem passar a imagem de que o são.

E assim vai, a caminho do fim, o jornalismo. E assim vai, a caminho do sucesso, o comércio jornalístico. Tudo, é claro, a bem da Nação.

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