Embora só sirva, em termos práticos, para satisfazer o ego das altas patentes que frequentam os areópagos da política lusófona, a Comunidade dos Países de Língua Portuguesa (CPLP) continua convencida que tem algum valor.
Vai daí, até por não ter coisas importantes com as quais se preocupar, resolveu criar um galardão cultural alternativo ao Prémio Camões a atribuir de dois em dois anos. Nem mais.
"A comunidade precisa de um grande prémio porque o Prémio Camões não é propriamente da CPLP. Queremos criar um "Grande Prémio da CPLP" com a contribuição de todos os países, um prémio de vulto que tenha a dignidade da própria comunidade", disse Manuel Veiga, ministro da Cultura de Cabo Verde, à saída de um encontro com o secretário-executivo da CPLP, Domingos Simões Pereira.
O que Manuel Veiga diz é verdade. Duplamente verdade. Por um lado, porque o Prémio Camões não é lusófono, por outro porque a CPLP nã existe. E se não existe...
Manuel Veiga, que se encontra em visita oficial a Portugal até domingo, adiantou ainda que o regulamento para a atribuição do "Grande Prémio CPLP" deverá ser aprovado durante o sétimo encontro de ministros da Cultura da comunidade, previsto para Maio, na Cidade da Praia.
Aí vamos ter mais um excelente encontro (que tal chamar-lhe Cimeira?), bem regado e alimentado, não menos mediático e, é claro, sempre ao bom nível das enormes decisões e obras da CPLP.
"Será um prémio cultural atribuído sempre que há um encontro de ministros da CPLP e vai premiar a modalidade cultural que sobressai e merece", explicou o ministro, adiantando que o seu valor "não poderá ser inferior ao do Prémio Camões (100 mil euros)".
Ora aí está. E o que são 100 mil euros para uma comunidade que olha para o lado para não ver os milhões dos seus cidadãos que são gerados com fome, que nascem com fome e a morrem pouco depois com fome?
"Assumimos que o Prémio Camões tinha a sua finalidade quando não havia a Comunidade. Hoje temos a Comunidade e precisamos de um grande prémio da CPLP", sublinhou, e muito bem Manuel Veiga.
Aliás, se calhar até seria de dedicar, desde logo para garantir o seu sucesso, o prémio a todos aqueles lusófonos que não precisam de antibióticos porque estes medicamentos devem ser tomados depois de algo que eles não têm: refeições.
"A comunidade precisa de um grande prémio porque o Prémio Camões não é propriamente da CPLP. Queremos criar um "Grande Prémio da CPLP" com a contribuição de todos os países, um prémio de vulto que tenha a dignidade da própria comunidade", disse Manuel Veiga, ministro da Cultura de Cabo Verde, à saída de um encontro com o secretário-executivo da CPLP, Domingos Simões Pereira.
O que Manuel Veiga diz é verdade. Duplamente verdade. Por um lado, porque o Prémio Camões não é lusófono, por outro porque a CPLP nã existe. E se não existe...
Manuel Veiga, que se encontra em visita oficial a Portugal até domingo, adiantou ainda que o regulamento para a atribuição do "Grande Prémio CPLP" deverá ser aprovado durante o sétimo encontro de ministros da Cultura da comunidade, previsto para Maio, na Cidade da Praia.
Aí vamos ter mais um excelente encontro (que tal chamar-lhe Cimeira?), bem regado e alimentado, não menos mediático e, é claro, sempre ao bom nível das enormes decisões e obras da CPLP.
"Será um prémio cultural atribuído sempre que há um encontro de ministros da CPLP e vai premiar a modalidade cultural que sobressai e merece", explicou o ministro, adiantando que o seu valor "não poderá ser inferior ao do Prémio Camões (100 mil euros)".
Ora aí está. E o que são 100 mil euros para uma comunidade que olha para o lado para não ver os milhões dos seus cidadãos que são gerados com fome, que nascem com fome e a morrem pouco depois com fome?
"Assumimos que o Prémio Camões tinha a sua finalidade quando não havia a Comunidade. Hoje temos a Comunidade e precisamos de um grande prémio da CPLP", sublinhou, e muito bem Manuel Veiga.
Aliás, se calhar até seria de dedicar, desde logo para garantir o seu sucesso, o prémio a todos aqueles lusófonos que não precisam de antibióticos porque estes medicamentos devem ser tomados depois de algo que eles não têm: refeições.
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