Em Portugal, segundo um estudo da consultora Gallup publicado em Dezembro do ano passado, 20% dos portugueses (ainda) acreditam nos jornalistas.
Este dado revela que os portugueses são um povo de brandos costumes, ingénuo e fácil de aldrabar, sobretudo por quem tem o poder.
Se o estudo fosse feito apenas entre os jornalista, veríamos com certeza uma percentagem bem mais inferior. Quem labuta nesta profissão com ética e liberdade sabe bem que ela está cheia de escumalha, escória, ralé e por aí fora, sobretudo a nível dos que têm o poder e dos que, na esperança de um prato de letilhas, aceitam ser capachos (“pessoa que se curva servilmente perante aqueles de quem depende").
Sei desde há muito, mas sobretudo desde a altura em que mercenários tomaram conta quer da profissão quer dos jornais que transformaram em linhas de enchimento, que os verdadeiros jornalistas têm a sobrevivência no fio de uma navalha que é manipulada por sipaios acéfalos que tudo fazem para agradar aos chefes do posto.
E porque, naturalmente, todos queremos sobreviver e ter uma vida digna, a quase todos os que ainda têm coluna vertebral resta deixá-la em casa e integrar as linhas de montagem onde coabitam quer jornalistas quer autómatos.
Eu sabia que eram poucos os que têm coluna vetebral e que sabem que só é derrotado quem deixa de lutar. Mas enganei-me. Pelos vistos já não sou poucos... são menos ainda.
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