O socialista Manuel Alegre defendeu hoje que são necessários "homens de grande estatura" e "soluções de esquerda" para enfrentar a actual crise mundial, "a mais grave do pós-Guerra".
E quem serão esses "homens de grande estatutura"? Tirando José Sócrates e Augusto Santos Silva... não vejo outras alternativas. Não vejo no mundo da política. Isto porque, como se vê, a nível empresarial não faltam candidatos.
Basta, aliás, ver o curriculum desses "homens de grande estatura" que levam as empresas à falência mas que, exactamente pela sua estatura moral e profissional, conseguem continuar cada vez mais ricos.
E é deste tipo de pessoas que o país precisa, embora não seja delas que Manuel Alegre fala. Portugal, um pouco à semelhança do Burkina Faso, precia de quem leve o país à falência, de quem despeça os portugueses, de preferência sem indemnização, para que depois se possam contratar especialistas pagos a peso de ouro.
Especialistas esses que, do cimo da sua alta sabedoria, decretarão que Portugal seja integrado no Reino de Espanha ou, em alternativa, seja considerado uma província angolana.
Lendo as afirmações que chegam do vento que passa, agora transformado num vendaval, procuro descobrir com humildade os grandes homens capazes de dar ao país a dignidade e o respeito que está a perder todos os dias.
De nada vale o meu esforço. Vejo muitos homens grandes mas nenhum grande homem. Acredito que existam. Não estarão, contudo, é dispostos a alinhar com os néscios que por conhecerem as cores do arco-íris já se julgam pintores.
Enquanto isso, é provável que no fim da picada já esteja alguém a cantar e a rir...
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