O governo britânico vai pedir uma investigação independente sobre a forma como os bancos são administrados e os salários e prémios pagos aos altos executivos, revelou o ministro das Finanças, Alistair Darling.
Como seria bom que em Portugal se fizesse o mesmo, alargando a investigação aos administradores, gestores e patrões também das empresas privadas, os tais que despedem e levam as empresas à falência... continuando cada vez mais ricos.
"As pessoas sentem-se iradas com os excessos dos bónus dos bancos e os administradores têm o dever de agir de forma responsável", justifica o governante britânico na edição de hoje do The Sunday Telegraph.
Pois é. Mas, no reino das ocidentais praias lusitanas a norte, embora cada vez mais a sul, de Marrocos, todos continuam a cantar e a rir.
Tal como nos EUA e muitos outros países europeus, várias instituições financeiras britânicas receberam ajudas estatais nos últimos meses, para suportarem a actual crise financeira mundial, e alguns estão a gerar contestação ao anunciarem o pagamento de prémios aos seus gestores.
Foi o caso do Royal Bank of Scotland (RBS), que, segundo relata o Telegraph, prepara um pacote de prémios de cerca de 1,5 mil milhões de dólares para os seus 177 mil funcionários, quando beneficiou há poucos meses de um resgate de 30 mil milhões.
Os números não foram confirmados pelo banco, que contudo admitiu estar em discussões sobre o assunto com o governo.
Gordon Brown, primeiro-ministro britânico, afirmou na semana passada que não pode haver "recompensa pelo fracasso" dos bancos que beneficiaram do dinheiro dos contribuintes.
Ao contrário do que se passa no Burkina Faso. Perdão, em Portugal.
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