O chefe de Estado angolano, José Eduardo dos Santos, deverá visitar oficialmente Portugal em Março, disse fonte da Presidência da República portuguesa, confirmando uma notícia avançada pelo cada vez mais especialista em questões angolanas, semanário Sol.
E a visita do presidente angolano e líder do partido, o MPLA, que governa Angola desde a independência, em 1975, não poderia surgir em melhor altura.
Basta a Cavaco Silva, como o mais alto representante das ocidentais praias lusitanas, estender a mão que o seu homólogo angolano corresponderá com todo o altruísmo que lhe é peculiar.
Sobretudo do ponto de vista económico, Angola está motivada e com capacidade para comprar tudo e mais alguma coisa.
Não faltam exemplos (banca, quintas, comunicação social) mas, é claro, os angolanos querem e podem comprar muito mais. E se Portugal precisa...
Aliás, dada a grande amizade entre o líder angolano e os dois mais altos dignitários portugueses (Cavaco Silva e José Sócrates), creio que seria exequível propor a José Eduardo dos Santos a compra do próprio país, por atacado.
A última vez que o Chefe de Estado angolano esteve em Portugal foi durante a Cimeira UE-África, que decorreu em 2007, no âmbito da Presidência Portuguesa da União Europeia (UE).
E, entre outras coisas, Eduardo dos Santos certamente recorda-se da ementa da refeição que teve com José Sócrates: trufas pretas, caranguejos gigantes, cordeiro assado com cogumelos, bolbos de lírio de Inverno, supremos de galinha com espuma de raiz de beterraba e uma selecção de queijos acompanhados de mel e amêndoas caramelizadas, com cinco vinhos diferentes, entre os quais um Château-Grillet 2005.
Eu sei que a maioria dos angolanos continua a passar fome, mas se José Eduardo dos Santos está mais preocupado em comprar, ou colonizar, Portugal do que em dar de comer ao povo, quem sou eu para contestar?
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