«Estou encantado com aquilo que leio e que é escrito por si. Há muitos anos, nos tempos dos grandes jornalistas que pontificavam em jornais de grande credibilidade (tempos por exemplo dos Mários Castrims e dos Urbanos Carrascos) tive sempre a delícia de ler textos que nos tornavam vaidosos por sermos jornalistas.
Nos tempos de hoje, vivemos da saudade.
E quanto tropeçamos com um jornalista do seu gabarito, inteligente, culto no emprego da palavra, do raciocínio e das ideias, fica-nos a permanente esperança de podermos ver regressar aquele jornalismo de que Portugal foi pátria de uma pátria nascida para a liberdade.
Não sei neste momento qual a sua situação. No momento que atravessamos, é mais que certo que jornalistas como o meu Amigo, são para abater e enterrar bem fundo.
Desgraçadamente estamos num período de luto por tudo o que tem acontecido e que mexe com a nossa existência em todos os sentidos. A pouco e pouco vamos sendo apenas qualquer coisa.
A pouco e pouco os donos da arrogância, da incompetência, da deslealdade, da prepotência, do autoritarismo e da desonestidade, vão conspurcando, com a sua obcecação pelo poder de chafurdice viscosa, o futuro dos que pensam ter direito a viver com liberdade, tranquilidade e moralidade.
Nessa sua escrita de combate de cara lavada e ao vento, encontro sempre sérios sinais de amor por uma profissão que em boa hora abraçou. Ser jornalista, caríssimo Amigo (e sabe-o tão bem ou melhor do que eu) é uma nobre arte de lutar até à morte.
Força Jornalista. Bem haja. E que a sorte o acompanhe.
Jaime de Saint Maurice»
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