O primeiro
secretário do MPLA no município da Caála, província do Huambo, Miguel Somakessenje,
mostrou de forma inequívoca a modéstia eleitoral do seu partido.
Então não é
que, segundo Miguel Somakessenje, o MPLA está a trabalhar para conseguir apenas 95 por cento dos votos nesta
circunscrição nas eleições “previstas” (quem escreve previstas é a própria
agência do Estado, a Angop) para Agosto 31 de Agosto?
Miguel
Somakessenje fez esta afirmação na cerimónia de apresentação do programa de
governação do MPLA realizada no município da Caála, situado a 23 quilómetros a
oeste da cidade do Huambo.
Para o
responsável do MPLA, o seu partido tem maior aderência nesta região com cerca
de 200 mil habitantes. Vamos lá Miguel Somakessenje. Com um pouco de esforço,
seguindo as recomendações do “querido líder”, do “escolhido por Deus”, não será
difícil ultrapassar os 100 por cento.
"Os
actos de massas que realizamos no município da Caála demonstram claramente que
o MPLA tem maior aceitação", disse Miguel Somakessenje, apelando aos 5 por
cento de indecisos que se lembrem que têm barriga.
Já no
município de Kamacupa, província do Bié, a primeira secretária municipal do
MPLA, Alcida Jesus Camateli, afirmou que a sua organização política vai dedicar
atenção especial à juventude nos próximos cinco anos, realizando projectos que
visam melhorar as suas condições de vida.
Ainda pouco
imbuída das características “democráticas” do regime (no poder desde 1975), Alcida
Jesus Camateli não avançou com percentagens, mas tudo indica que – à semelhança
do que irá acontecer em todo o país – também em Kamacupa o MPLA vai superar os ´”míticos”
100 por cento.
De acordo
com Alcida Camateli, o MPLA vai apostar forte na região através – pois claro! –
de projectos como a construção de casas sociais, centros culturais, biblioteca
e sala de informática, reabilitação do cineteatro e do estádio de futebol, bem
como na concessão de microcrédito aos jovens empreendedores.
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