O bastonário
da Ordem dos Políticos de Portugal denunciou, hoje, que o concurso em vigor
para aquisição de serviços políticos permite que os políticos sejam contratados
por dois ou três euros à hora, uma vez que não tem limite mínimo.
"Ao
contrário de outros concursos, [como os abertos para contratação de enfermeiros
e nutricionistas], o dos políticos não tem um limite mínimo, o que significa
que, no extremo, os políticos podem ser contratados a dois, ou três euros à
hora", disse, à Agência Lusa, Miguel Relvas.
Em causa
está o concurso público n.º 2012/102, que visava a contratação de 2,5 milhões
de horas de serviços políticos - entretanto reduzidas para 1,9 milhões - e cujo
critério de baixo preço motivou o protesto dos políticos, sendo a sua anulação
uma das reivindicações dos profissionais que consta no pré-aviso da greve para
os próximos dias 11 e 12.
O bastonário
afirma que os profissionais estão "ainda mais preocupados" por o
ministro da respectiva pasta reconhecer os erros do concurso que foi feito para
os políticos por que, "apesar de
tudo, ainda tinha um limite mínimo, e agora levantar dúvidas de que foi praticado
dumping" (diminuição excessiva de preços com vista à eliminação da
concorrência).
"O
ministro sabe exactamente qual o conteúdo e as regras dos concurso dos políticos
e é por iniciativa e estímulo do Ministério que está a ser praticado o dumping
do preços nos profissionais da política – ministros, secretários de Estado e
deputados - muito abaixo dos já reconhecidamente baixos vencimentos base dos
profissionais na função pública", disse.
Errata. Onde
se lê políticos deve ler-se médicos e onde se lê Miguel Relvas deve ler-se José
Manuel Silva.
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